Salar do Uyuni – roteiro de 4 dias partindo do Atacama

Cada vez mais viajantes brasileiros tem buscado o Salar do Uyuni como destino de férias. Pela sua proximidade ao deserto do Atacama, o roteiro mais interessante para chegar ao maior salar do mundo é, sem sombra de dúvida, aquele iniciado em terras chilenas.

Alguns viajantes optam por fazer a rota partindo direto da Bolívia, chegando ao Uyuni através de voos vindos de La Paz e afins, mas eu sinceramente, acho imbatível a rota dobradinha Atacama e Uyuni, que foi exatamente a que fiz no tour inaugural com a Flavia Bia Expediciones, agência de viagens brasileira com base no Atacama, juntamente com as parceiras e blogueiras Robertinha do blog Territórios e Thaís do blog Guia Mundo Afora.

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A grande maioria dos viajantes que vão ao destino reclama muito das condições precárias dos alojamentos, de ter que dormir em quartos compartilhados, da inexistente calefação/aquecimento mesmo quando faz aquele frio surreal (-12 / -15 C), da falta de qualidade da comida boliviana, da quantidade de pessoas que vão no mesmo carro 4×4 (5 a 6 pessoas) do assédio que mulheres passam no caminho entre outros.

 Nosso tour foi bem diferente das condições acima relatadas, pois a Flavia Bia Expediciones antes de inaugurar tal rota, se preocupou em estudar como amenizar todos estes perrengues, buscando com bastante criticidade quais seriam os parceiros com quem se associaria, para que pudesse prover uma prestação de serviço diferenciada ao seu público alvo. A própria Flávia nos acompanhou na viagem e era nítida a preocupação constante não só dela, mas também de seu staff com nosso bem estar. Isso não porque éramos um grupo de geradores de conteúdo e, sim pela sua filosofia de atendimento.
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O Fabian, motorista boliviano que fez toda a rota boliviana, é um querido e muito tranquilo, explicando com detalhes cada passagem e cada ponto turístico. Os quartos que ficamos eram todos privativos, com toilette. A comida ficou a cargo da Carlinha, cozinheira da Flávia que preparou grande parte de nossas refeições.

Roteiro – dia 1

a) Partimos cedo de São Pedro do Atacama em direção a fronteira boliviana e a Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa

Antes de adentrarmos em solo boliviano é necessário fazer o processo de imigração chilena dando saída do país. O office fica na própria estrada que vai a fronteira, sendo mandatório ter em mãos o seu passaporte ou carteira de identidade e o papel dado pela imigração chilena assim que você entra no Chile.

Chegando na fronteira com a Bolívia, mais um processo de imigração, mas desta vez para dar entrada em outro país. Os agentes imigratórios pedem para alguns turistas preencherem um formulário adicional de entrada, mas isso não é para todos. Eu, por exemplo, somente falei que ia até o Uyuni e ele carimbou o meu passaporte, sem maiores burocracias.

Enquanto estávamos nos tramites imigratórios, o time da Flavia Bia Expediciones se encarregou de armar uma mesa com um café, chá, bolos e demais quitutes para iniciarmos a viagem no lado boliviano.

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Fronteira passada, passaporte carimbado e cház tomado, chega hora de trocar de carro. Sim, trocar de carro! Não é permitido pelo governo e pelos órgãos de turismo da Bolívia que empresas de outras nacionalidade façam a rota até o Uyuni. Desta forma, obrigatoriamente, você terá que pegar a sua mala e trocá-la de veículo, assim que todo o processo imigratório e de transição de motoristas e veículos estiverem prontos.

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Detalhe para o Fabian e seu irmão arrumando os carros e para o arsenal de comida, mantas de carro e infra da Flávia Bia

Depois de todas estas questões imigratórias e burocráticas acontecerem…começa a rota de verdade! É hora de seguir com o carro até a segunda aduana e, lá pagar 150 bolivianos (R$ 100, na cotação de junho de 2016) para entrar no Parque Nacional.

b) Piscina Termal Polques (águas termais)

A nossa primeira parada turística, digamos assim, foi na piscina termal Polques, que é uma mini laguna natural e termal, cuja temperatura aproximada é de 35C.

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Mesmo no inverno, com todo aquele vento, vale a pena ter coragem e entrar por todos os benefícios que traz a saúde.

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Detalhe para o roupão personalizado da Flávia Bia, fornecido aos seus passageiros durante a parada

Como estava muito empacotada, tive preguiça de me trocar, mas a Robertinha muito bem representou o grupo, ficando bem a vontade por lá durante os quinze minutos máximos de permanência que ela tinha direito (não pode ficar mais, pois pode dar alguma complicação cardíaca pelas funções da água).

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Para quem não quiser entrar na água, pode ficar por ali para observar o movimento, tirar fotos, ir ao toilette (3 bolivianos e precárias condições).

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d) Geyser Sol de Mañana

Não tive a oportunidade de conhecer o famoso Geyser El Tatio no Atacama, mas quem o conhece diz que o Geyser Sol de Mañana é visualmente mais bonito que o atacamenho.

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Achei os geyseres bem interessantes, apesar do forte cheiro de enxofre e da temperatura abaixo de zero.

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Aquelas inúmeras crateras que soltavam fumarolas do chão, montando a paisagem entre vulcões e o azul do céu é realmente algo a ser visto antes de continuar a saga até chegar ao Uyuni.

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e) Pausa para o almoço no meio do deserto

Um dos diferenciais do passeio da Flavia Bia Expediciones são as paradas com os carros no meio do deserto para preparar parte das refeições. Enquanto a Carlinha se empenhava em preparar mais um daqueles seus pratos e sobremesas inesquecíveis, nos distraíamos em fazer foto da paisagem.

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Se tivesse algum mais cansado no grupo, aquela soneca até a comida ficar pronta também era uma opção.

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f) Laguna Colorada (e seu mirador Puntas Negras) 

Se até este trecho da viagem você ainda não viu nenhuma fofa e compenetrada (no capim) lhama, esta é a hora! E não é para menos, elas escolheram bem o local para fazer as suas refeições, já que a Laguna Colorada é uma das mais belas que você encontrará pelo caminho.

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O contraste de suas cores com as montanhas e o céu parecem até uma pintura, mas não é. Se não tivesse visto com os meus próprios olhos, ficaria realmente na dúvida se aquela beleza exótica era mesmo de verdade.

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Como a Laguna Colorada é 360 graus, o outro lado fica um pouco esquecido pelos turistas, pois não é tão belo quanto o visual acima.

g) Árbol de Piedra

Com aproximadamente 5 metros de altura e no meio do deserto Siloli, a turística Árbol de Piedra (Árvore de Pedra) trata-se de uma formação geomorfológica esculpida naturalmente pelo vento.

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A natureza se encarregou de fazer esta obra de arte, cuja parada é obrigatória. Antes de sair do carro para fazer a sua clássica foto, não se esqueça de sair bem agasalhado, pois é a região que mais venta e, por consequência, mais fria da rota. Se o vento foi capaz de esculpir uma árvore, imagina o que fará com você…rs

h) Chegada ao hotel 

Depois de termos visto paisagens maravilhosas, passado por muito vento, ventania e começarmos o processo de descoberta da beleza desértica desta parte da Bolívia, era chegada a hora do devido descanso.

Diferentemente dos tours convencionais feitos na região aonde os grupos de turistas dormem na primeira noite em alojamentos sem calefação a temperaturas que chegam a – 15C no inverno, nosso grupo se hospedou em um hotel com calefação muito próximo de nossa última parada (um dos diferenciais do tour da Flavia Bia Expediciones).

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Pelo frio extremo que faz no deserto Siloli, nossa parada foi logo após o sol se por. Nos hospedamos no hotel de pedra Tayka El Desierto que, possui calefação até às 22 horas, jantar e café da manhã.

O jantar foi servido às 19 horas, tendo um menu bem leve não só em função da altitude do local (cerca de 4.700 metros), mas também pelo fato de que teríamos que nos recolher cedo, uma vez que a calefação era cessada às 22 horas (energia solar) e deveríamos já estar aquecidos nas grossas mantas até esta hora. Naquela noite, tomei um chá ainda mais forte que o de coca para qualquer eventual mal de altitude, mas a noite foi um pouco desconfortável, pois fora a primeira na viagem (desde o Atacama) que dormimos em uma altitude bem alta.

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Não só eu, mas como alguns outros colegas sentiram um pouco de palpitação e calor (mesmo a -11C lá fora) causados pela altitude, mas não foi nada absurdo. Era só respirar profundamente e tomar água que melhorava. Caso fosse algo mais sufocante, o hotel estava preparado com oxigênio, remédios e chás para aliviar o mal estar. Foi o único dia que senti mais a altitude, mas nada demais.

Roteiro – dia 2

a) Bom dia às viscachas

Antes de iniciarmos a rota das lagunas altiplânicas, o caminho nos presenteava com uma porção de viscachas curiosas e a busca de alimentos (não as alimente, pois quebrará a cadeia alimentar natural delas).

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Esses bichinhos são parecidos com os coelhos que conhecemos no Brasil, mas tem uma cor diferente, puxada para o marrom esverdeado. Elas são medrosas, mas curiosas. Não tem como não amolecer o coração mais peludo.

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b) Laguna Chacorta

Pacata, congelada e belíssima, se der sorte encontrará um flamingo em um de seus pontos fazendo toda a diferença na paisagem.

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Flamingo 2

c) Laguna Honda

Apesar de não estar tão congelada como a Laguna Chacorta, a Laguna Honda é muito similar, mas com uma quantidade de flamingos muito maior.

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d) Laguna Hedionda

Apesar de ser famosa por exalar um cheiro muito forte foi a laguna que vi mais flamingos. No dia que fui não senti nenhum cheiro. Não sei se foi pelo fato de estar congelada em partes ou me nariz estar trancado em função do frio.

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Com poucos flamingos

 

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Com muitos flamingos

e) Pausa para almoço com o visual das montanhas e da Laguna Canãpa

E no meio de viscachas, pássaros e vicunhas, paramos no meio do deserto para mais uma daquelas refeições da Carlinha…

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Detalhe para a fofa viscacha esperando comigo (meio da foto, canto direito) a preparação do almoço..

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f) Laguna Cañapa

A última laguna é a Cañapa que é similar a Laguna Hedionda o assunto é contraste de água, montanhas e flamingo.

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g) Mirante do vulcão Ollague

Uma das últimas paradas do dia é em uma espécie de mirante que dá vista ao vulcão ativo Ollague, que possui uma cratera de 1.250 metros, podendo ser escalado desde que seja acompanhado com guia.

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h) Salar de Tihuana

O salar do Uyuni está próximo de nossa última parada do dia e deixa aquele gostinho do que vem pela frente antes do próximo amanhecer. É chegada a hora de conhecer o Salar de Tihuana, que possui cor amarronzada e o contraste com várias montanhas e rochas vulcânicas pelo caminho.

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Bem menor que o seu vizinho, o salar não deixa de ser extenso, tanto que fazemos parte da rota passando por ele literalmente. Não há uma parada para fotos, até mesmo porque veremos algo muito maior e mais bonito pela frente, mas aquela foto tirada da janela, vale pela sua paisagem.

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i) Chegada ao pueblo San Juan de Rosario para pernoite em hostAl de sal 

Novamente, chegamos a nossa base próximo ao anoitecer. Nos hospedamos no hostal (não é hostel – é um intermediário entre hostel e hotel) de sal Los Lipez no pueblo de San Juan de Rosario.

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Hostal de sal? Sim! Todo construído com sal e muito aconchegante. Ficamos em quartos privativos com chuveiro e jantamos por lá mesmo, com a refeição preparada pela Carlinha juntamente com a senhora boliviana responsável pela cozinha do local.

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Nesta noite a altitude era bem menor e consegui dormir como um anjo em cama de sal…rs!

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Roteiro – dia 3

a) A chegada ao Salar do Uyuni durante o amanhecer

Depois de dois dias inteiros vendo paisagens maravilhosas pelo deserto boliviano, era hora de madrugar rumo ao Salar do Uyuni. Saímos do hostal de sal cerca perto das 5 da manhã para ver o amanhecer do dia no maior salar do mundo.

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Aquele contraste do céu com o 12 mil km2 de extensão e 8 metros de profundidade com o nascer do sol faz com que as câmeras e celulares trabalhem a todo vapor com cliques dos mais variados. A experiência é incrível e inesquecível.

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b) Café da manhã no salar e visita a Incahuasi (ilha dos cactos)

Depois do impacto de ver toda aquele extensão de salar, seguimos para a parada do café da manhã que tinha como visual Incahuasi, a famosa Ilha dos Cactos.

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Localizada em pleno Salar do Uyuni, uma das obras de arte da natureza de difícil explicação, a Ilha de Incahuasi é derivada de rochas vulcânicas e possui ao longo de sua extensão cactos de diversos tamanhos e formatos. De seu cume é possível ter uma visão 360 graus do maior salar do mundo.

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Além dos cactos, outra atração da ilha é o Arco de Coral, que é belíssimo por sinal.

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Para entrar na ilha, paga-se 30 pesos bolivianos, em espécie, destinados a sua conservação e manutenção.

c) Parada para fotos com perspectiva no Salar do Uyuni

Esta é a parada mais esperada por muitos turistas que vão ao Uyuni. As pessoas ficam planejando com antecedência quais fotos de perspectivas farão usando toda a criatividade possível em cada um dos cliques.

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Eu, particularmente, não tenho muita criatividade para fotos de perspectiva, que são extremamente difíceis de serem feitas, massss…tenho criatividade para me vestir de boliviana em pleno salar! Aproveitei o traje de cholita paceña da Carlinha (que é boliviana e se vestiu tipicamente no salar para nos prestigiar com seus temperos e mimos) para fazer o meu clique.

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Para as fotos de perspectiva, contei com a criatividade e acessórios da Flávia Bia e do Fabian (nosso motorista) e de seu irmão. Gente, fazer estas fotos no salar é um entretenimento a parte! Tenho foto com dinossauro, Hulk, bichinhos, mochila da Deuter, roupas típicas e por aí vai…

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d) Rápida parada em frente ao hotel de sal ilegal e inativo localizado no meio do salar 

E no meio do Salar do Uyuni foi construído há muitos anos um hotel de sal ilegal, o Hotel Playa Blanca. Tal hospedagem serviu de abrigo a muitos funcionários de mineradoras na região, bem como a turistas, mas foi desativado.

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Ali encontra-se também o símbolo do Dakar Bolívia, rota similar ao Paris Dakar, feita por pilotos muito experientes. Segundo o Fabian, não é muito bem vinda a rota pelos pilotos quando o salar apresenta espelhos d’água, pois o reflexo é muito perigoso para os olhos e, consequentemente para ter uma ilusão de ótica durante a rota.

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e) Parada para compras típicas na feirinha artesanal da comunidade de Colchani

Como todo lugar turístico na América Latina, aquela parada em uma feirinha artesanal é obrigatória. Os souvenirs em sua maioria são feitos de sal (para não desmanchar, precisa colocar laquê assim que chegar no Brasil), as vestimentas feitas de alpaca (não compre nada feito com lã de vicunha, pois pode ser apreendida no Chile, além de não ser um incentivo bacana ao turismo) ou de cores que remetem os andes e as bijoux todas coloridas e também no estilo andino.

Feirinhaartesanal 1

Além de ser o lugar mais barato para comprar suas lembrancinhas na feira, você ajudará a incentivar o turismo da paupérrima comunidade local.

g) Almoço 

Era hora de começar o caminho de volta ao Atacama, mas antes disso, parada para almoço em Uyuni. Este foi uma da refeições que não fizemos no comando da Carlinha e, aqui pude sentir o tempero boliviano. Pedi um espaguete a bolonhesa, mas confesso que não fui muito feliz com a escolha do meu prato. Os demais pediram pratos diversos e aprovaram o sabor.

Restaurante boliviano 1

O bom de ter parado em um restaurante boliviano na rota é que finalmente ali tinha WiFi (não tem internet em toda a rota em lugar e hospedagem alguma) e pude me comunicar rapidamente com o mundo dos conectados.

h) Cemitério dos trens

A última parada do dia já distante de Uyuni foi o cemitério dos trens, que vieram a região na época próxima a fundação do Salar do Uyuni (11 de julho de 1888) para atender a demanda da indústria da mineração.

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Os trens estão completamente do jeito que foram deixados na época e hoje servem como ponto turístico aos que visitam a região.

i) Chegada e pernoite em Vilhama

Foram aproximadamente 3 horas de estrada até chegar ao nosso hostal em Vilhama, na hospedaria mais simples e fria do trajeto. Desta vez, tive que me abrigar com as minhas luvas, meias e casacos reforçados para dormir, pois o quartos apesar de nos abrigarem bem, não isolavam tanto o frio quanto as demais hospedagens que ficamos. Se na estrutura que estávamos era frio para dormir, não quero nem imaginar os que estavam em alojamento.

Hotel Vilhama 1

Os quartos por aqui também foram privativos e com chuveiro.

Roteiro – dia 4

a) Café da manhã

Desta vez, acordamos um pouco mais tarde. Marcamos às 6:15 horas para tomarmos o café da manhã na hospedaria e seguirmos rumo a fronteira chilena.

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b) Parada em Piscina Termal Polques (águas termais)

Depois de cerca de 2 horas e meia de estrada, paramos na piscina termal Polques para uma eventual ida ao toilette antes de partimos para o último ponto turístico da rota.

Apesar de ser pago (3 bolivianos), o toilette possui condições bem precárias (fossa) e cheiro nada agradável, mas é o que tem para aquele momento. Por falar em toilette, todos na rota são no mesmo nipe, Leve contigo álcool gel e papel higiênico sempre (apesar deles oferecerem).

c) Deserto de Dali

Formado por um conjunto de rochas vulcânicas com formas surrealistas em pleno deserto boliviano é umas das paisagens que vemos durante a ida e volta ao Uyuni.

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c) Laguna Blanca e Laguna Verde

Para fechar a viagem com chave de ouro, nossa última parada foi nas Laguna Blanca e Laguna Verde.

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A mais bonita, sem dúvida alguma é a Laguna Verde que tem ao fundo para a sua composição e contraste, o imponente Licancabur. De babar, não?

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d) Fronteira boliviana

Depois de caras, bocas, fotos e pequenos cochilos ao longo do caminho, chegou o momento de nos despedirmos do Fabian e carimbar nossa saída da Bolívia. Antes da saída oficial do país é necessário apresentar: (a) aos agentes da reserva o ticket de entrada no parque muito antes de chegar a fronteira e; (b) o passaporte ao agente da imigração, assim que chegar na fronteira e pagar 15 bolivianos (em espécie) para sair do país.

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Moral da história: guarde bem o ticket do parque e o deixe com acesso fácil (não vai colocar na mala ou na agenda como souvenir, até chegar ao Atacama…rs!). Deixe separados 15 bolivianos trocados para entregar ao agente imigratório (eles nunca tem troco…).

f) Troca de transporte e volta ao Atacama

Assim que toda a burocracia é concretizada, trocamos novamente de veículo para retornarmos ao Atacama, passando novamente pela fronteira chilena e, fazendo todos os tramites imigratórios, novamente.

A previsão de chegada a São Pedro de Atacama é meio dia.

Daqui pra frente, basta descansar da viagem para ter pique para o passeio do dia seguinte no deserto.

Qual é a melhor e a pior época para ir?

O melhor mês para visitar o Salar do Uyuni é março, pois é possível fazer todo o salar e ainda ver o reflexo espelhado formado pela água da chuva. O período do inverno, apesar de ser congelante (eu que o diga) também é uma época recomendada para ir. Só não será mais possível ver o espelho d’água, que já estará totalmente absorvido.

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Os piores meses para ir são janeiro e fevereiro, pois em função das chuvas no período não é possível visitar a Ilha Incahuasi, por exemplo. Tal ilha fica inundada e seus poucos habitantes ilhados durante este período. Além destes meses, agosto e setembro também não são meses recomendados para ir, uma vez que o salar fica com a cor amarronzada.

Neste roteiro descobri que…

apesar de ter condições ainda precárias para atender o turismo com mais estrutura, o deserto da Bolívia é belíssimo e vale a pena explorá-lo ao menos uma vez. A cada quilômetro descobria uma nova paisagem e babava, babava, babava…

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Por que fazer a rota via Atacama?

Tanto o caminho do Uyuni como o Atacama por si só possuem paisagens incríveis. Separe quinze dias para fazer os dois destinos e antes de ir ao Uyuni fique ao menos 4 a 5 dias no Atacama para aclimatação. Dicas práticas e úteis para você planejar a sua viagem ao Atacama e, de quebra ao Uyuni também estão neste post do blog -> Atacama – dicas práticas e úteis para ler antes de ir

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Por que escolher a Flávia Bia Expediciones para fazer a rota?

A Flávia montou uma rota pensando nos viajantes que querem ir ao Salar do Uyuni, mas sem passar pelos perrengues que normalmente os viajantes passam durante esta viagem. O turismo responsável, a preocupação com seus clientes em todos os quesitos (alimentação, hospedagem e transporte) faz com que eu a indique de olhos fechados.

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Adicionalmente, a boa notícia é de que os leitores do blog que forem ao destino, podem contar com desconto de 10% (não há comissão para o blog. o que gera a independência na indicação da agência) nos passeios fechados com a agência, bem como, fazer o pagamento de seus passeios em reais, diretamente na conta que a Flávia Bia possui no Brasil (todos os clientes brasileiros, leitores do blog ou não). Olha que maravilha 😉

Para este post não ficar maior do que ele já está, escreverei nos próximos dias, um relato com dicas práticas e úteis para vocês lerem antes de ir ao Salar do Uyuni. Assim que estiver pronto, colocarei o link aqui (por hora, o post com dicas do Atacama e este já ajudarão bastante vocês).

Contatos da Flávia Bia Expediciones

Website, contemplando todos os passeios e informações: http://www.flaviabiaexpediciones.com/
Email de contato: contato@flaviabiaexpediciones.com
Endereço (no vilarejo): Callejón Reales 402 B, São Pedro de Atacama
Telefone celular e Whatsapp: + 569 4251 7683
Instagram, com várias fotos e vídeos: @flaviabia_expediciones

Considerações finais – 

Nosso projeto contou com o apoio e parceria da Flavia Bia Expediciones, sendo que o relato acima foi escrito de forma totalmente independente pela autora deste blog.

Para quem quiser ver mais fotos e fatos da nossa viagem ao Atacama, basta procurar nas redes sociais pela hashtag #JustFunChile . O projeto criado pelo Peripécias juntamente com os blogs Territórios e Guia Mundo Afora. Para quem quiser ter acesso a outras percepções da mesma viagem, confira também os relatos e vídeos feitos pelas meninas em seus respectivos blogs.

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