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10 anos depois, ainda no meu próprio crachá

10 anos depois, ainda no meu próprio crachá?

O dia 1 de dezembro é uma data com um mix de significados para mim. Sem dúvida, quando paro para pensar na minha trajetória profissional é um divisor de águas em alguns quesitos, mas não em todos. 

Em 1 de dezembro de 2015, meu último dia como CLT, a ficha ainda não tinha caído. Lembro exatamente daquele dia. Fui à empresa, passei o crachá e fui para a minha mesa, achando que teria que cumprir aquele dia de trabalho, mas não. Meu ramal tocou e o RH começou o processo de recolhimento de computador, crachá, assinaturas etc. 

Passei o dia me despedindo das pessoas, explicando aos que não sabiam da saída e por aí vai. Foram 20 anos de crachá com muitos aprendizados, relacionamentos enraizados, trocas, conquistas, desafios, fases não tão boas e a certeza de dever cumprido. 

Antes mesmo de eu sair, recebi propostas extremamente atrativas de clientes que atendia. No dia seguinte, vieram mais ligações com propostas, mas eu recusei tudo que era relacionado ao mercado corporativo tradicional. Eu queria experimentar o totalmente novo, o que havia colocado na cabeça que faria dali pra frente, antes de completar 40 anos.

Comecei minha transição de carreira em 2012, quando fundei meu blog de viagens, mesmo sem saber ou querer. A plataforma, que na época chamava, As Peripécias de Uma Flor, era verdadeiramente minha válvula de escape. Só que mesmo sendo especialista no mercado de entretenimento na época, não tinha a real noção do poder da internet. Quando vi, estava no meio de uma turma de jornalistas e criadores de conteúdo em convites de eventos, viagens etc. Mundos totalmente diferentes de formação, dinâmica de trabalho e até de apresentação. 

O imbróglio que era escrever sobre as minhas experiências de viagem no tempo que reservava para isto com o tempo que dedicava à minha principal carreira, me fez perceber que há um mundo gigantesco fora das “quatro linhas” corporativas. 

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VALE A PENA O PROCESSO SE SER O SEU PRÓPRIO CRACHÁ?

Um mundo extremamente informal, sem regras, algumas vezes capcioso, mas que ao mesmo tempo me traria novos horizontes e nenhuma zona de conforto ou segurança financeira. Comecei um pé de meia maior em 2012, amadurecendo muito a ideia, sozinha, nas horas e horas de trânsito durante os três anos seguintes, até eu envelopar o que faria sentido para sair completamente do mercado.  

Tudo foi muito fluído e natural, até porque eu vivia o universo da mídia e do entretenimento tanto no mercado corporativo quanto no blog. E isto me ajudou e muito nas minhas atribuições, conseguindo um olhar 360 raiz. O interessante é que era tudo muito junto e misturado e ao mesmo tempo distante. 

Só sei que no dia 1 de dezembro de 2015 estava 100% confiante e pronta para a nova fase de vida profissional. Tudo foi muito bem planejado na minha cabeça, nas finanças e nos bastidores. Já sabia que em 2016 o meu antigo blog não seria somente para escrever sobre as dicas de viagem, mas algo mais abrangente. 

O meu maior erro no começo foi não reservar ao menos uma semana para descansar a  cabeça e absorver a baita mudança que acabara de fazer. Fui no automático. No dia seguinte já estava em reunião e, na semana seguinte, viajando para produzir conteúdo. 

Em 2015, o universo digital era ainda mais informal. A valorização e monetização de conteúdo independente era um tremendo desafio, mas ao mesmo tempo eram bem menos pessoas. As pessoas me perguntavam: “Gardens, como se ganha dinheiro com isso? Você tá doida?”

Hoje, 10 anos depois, com uma “marca pessoal e profissional” no mercado, a forma de monetização ainda é muito volátil, mas com o agravante, a inteligência artificial. Não há margem de segurança ou navegação de cruzeiro. Não pode dormir pq “camarão que dorme, a onda leva…rs”  

Roteiro do Texas à Flórida de carro em 15, 20, 25 dias

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NÃO PIRA, DESOPILA!

O Não Pira, Desopila, que nasceu em 2016, com o propósito, que ainda é a tradução da minha vida profissional. Conscientizar as pessoas a terem vidas mais leves por meio de suas válvulas de escape diárias. O NPD não era mais uma plataforma de viagens. A descompressão entrou na jogada com viagens, bem-estar, lifestyle, wellness e gastronomia. 

Naquela época, muitos acreditavam que este conceito e estilo eram uma viagem descomunal da minha cabeça. Até que veio a pandemia e todo mundo ficou em casa, tendo que utilizar válvulas de escape para não pirar, literalmente. 

Em 2020 descobriu-se o anywhere office. Eu e Luci, bolamos workshops de descompressão para líderes, voltei a dar mentoria de carreira e me reconectei mais fortemente com pessoas que tinha perdido o contato no pós CLT. Neste ano também, perdi meu querido pai, o que me trouxe mais uma função: cuidar integralmente dos negócios dele e da família. 

A partir de 2021, minha vida profissional se divide entre tocar as diferentes frentes do NPD, o legado do papai, algumas frentes paralelas e o voluntariado. Não tenho dia certo pra descansar, não tenho renda fixa por mês, não tenho controle do que acontecerá no dia seguinte, mas estar em tantos pratinhos ao mesmo tempo por opção só foi e ainda é possível por conta de algo muito importante: equilíbrio mental, financeiro, estrutural e profissional. 

Não acho que quando sai de uma estrutura CLT tive coragem. Na verdade, entendi o meu propósito de vida. Também não acredito que sobreviveria tanto tempo no empreendedorismo se não tivesse feito meu pé de meia, administrado bem o dinheiro que ganhei no passado e o que ganho no presente, além de ter aberto a cabeça e entender que tem que estar onde o dinheiro está. 

Reduzi muito o que não era remunerado e parei de perder tempo com o que não valia a pena. Também foi preciso entender verdadeiramente que o passado nos faz o que somos no presente, mas a chave é olhar a e pra frente. O que foi e deu certo, ótimo. O que deu errado é aprendizado. Afinal, ninguém quer saber do meu passado ou viver nele, porque eu deveria, né não? rs

praga republica tcheca tchequia chequia czechia europa central

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NÃO TERIA SOBREVIVIDO…

Não teria sobrevivido no empreendedorismo se não tivesse a mente equilibrada e sabedoria para entender que nem todos os dias são bons. E, que sim, terão meses ou tempos que haverá tempestade, raios e granizos. 

Também não teria sobrevivido se tivesse apego a títulos, rótulos e posições. Ah…e, certamente, não sobreviveria, se não tivesse construído ao longo dos anos relações interpessoais densas. Nunca me apeguei ao título ou posição dos outros, mas sim às pessoas. Vai ver por isso que a principal procura para minha mentoria, além de transição, seja a parte de construção de relacionamentos. 

Imagina você, que ainda está lendo este relato… quando me apresentava até 2015 para meus clientes, empresas e mercado eu era a Gardênia Rogatto da PwC, uma grife. Após 1 de dezembro de 2015 eu era a Gardênia do Não Pira, Desopila, um começo e um baita teste se a autoestima está em dia. É aqui que você entende que o passado é importante, mas o presente é o que vale. 

Muita gente não quis falar comigo, mas muita gente abriu as portas. Meus amigos e antigos colegas de trabalho então, nem se fala, sempre estão e estiveram por perto, mesmo que de longe. Isso diz muito sobre a construção de pontes reais, credibilidade e lealdade. Ninguém vai te contratar só porque é seu “chegado”, além dos que te conhecem melhor serem os mais criteriosos nas indicações rs 

Eu não teria sobrevivido se não tivesse entendido o meu propósito de vida pessoal e profissional, como CLT ou empreendedora. Quando saí do mercado corporativo fui matéria de jornal, revista etc porque era algo completamente anormal alguém sair de uma boa posição e salário para um recomeço em algo nada a ver. Hoje em dia, as pessoas saem do mercado e, logo no primeiro mês querem palestrar sobre empreendedorismo rs – Por mais que você tenha sido CEO de uma grande corporação, há muito “mato a carpir” antes de mais nada. 

Entendo agora que lá em 2015 estava na vanguarda de um movimento: a nova profissão no pós 40, que pode ser CLT inclusive. Duvido que não conheça um grupo de pessoas que mudou de profissão, de estilo de vida ou até de país em busca de algo novo ou por ter perdido sua colocação ou até mesmo em busca de seu propósito de vida profissional (claro que com dinheiro no bolso para errar…)

amanhecer nas cataratas o que fazer em Foz do Iguaçu

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Se pudesse voltar no tempo e bater um papo com a Gardens de 1 de dezembro de 2015, eu diria: nunca, jamais, never entre em um negócio com pessoas que você não conhece. Também diria para não colocar dinheiro em algo que não tivesse expertise. Do resto, faria tudo igual!

Os meus conselhos para os novos empreendedores e aspirantes a, deixarei para um outro texto para não perder o foco e cansar a leitura. E se passou pela sua cabeça me perguntar se voltaria ser CLT, a resposta é sim, mas somente se fizesse sentido a proposta e pudesse ter a liberdade de ser part time. Temos muito o que aprender com a Alemanha neste aspecto…

Termino este texto com um especial agradecimento à minha família, especialmente aos meus pais, que são e sempre serão a minha base e meu prumo. Agradeço e muito meus clientes, leitores, mentorados, amigos, empresas, assessorias de imprensa e todos os demais que, de alguma forma, estiveram e/ou estão comigo ao longo deste tempo. 

Um beijo e até o próximo post 🙂 

Gardens

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