Muitas pessoas me perguntam como eu consigo conciliar a minha vida profissional com a vida pessoal, como eu consigo ser uma executiva que trabalha diariamente sob pressão e ainda ter tempo de alimentar um blog e o projeto Alma Paulista, muitos me perguntam se eu não durmo, muitos me perguntam muitas coisas.
Há aproximadamente quatro anos, esta flor que vos fala era uma pessoa de personalidade muito forte, um pouco carrancuda, sempre ocupada, mas feliz, feliz com o seu trabalho, feliz com a sua vida pessoal, feliz em poder fazer uma viagem legal uma vez por ano. Fruto de tais viagens, muitos amigos e amigos de amigos sempre me pediam dicas de viagem, dicas de roteiro, dicas do que levar etc. E eu sempre estava lá, ajudando sempre possível, no que era possível.
Depois de um tempo, comecei a perceber que poderia ajudar não só os meus amigos, mas também pessoas
que nunca tinham me visto ou ouvido falar de mim e vice versa. E daí surgiu a ideia de fazer um livro relatando as minhas experiências e dicas de viagem. Já com esta ideia amadurecida, comecei a conversar com alguns amigos e em um belo dia, em um desses jantares de final de semana, uma amiga me deu uma ideia ainda melhor, me deu a ideia de fazer um blog.
um blog que não era de viagens, mas era um senhor blog, se dispôs a me ajudar. A partir daí, comecei a gerar conteúdo, trabalhar nas fotos e no formato e em maio de 2011, surgiu este blog de viagem.
pessoas que não imaginaria que curtiam um blog de viagens e muitos olhares tortos também de pessoas preconceituosas que achavam que eu tinha “parado de trabalhar” para fazer um blog e viajar mundo afora, uma vez que postava no Peripécias ao menos um vez por semana e recheava as minhas redes sociais de fotos das minhas
viagens antigas e atuais.
Ao longo do tempo virei a “Flor” e fui conhecendo outros blogueiros, participando de encontros de viajantes, encontros de blogueiros, até que um dia fui chamada a participar de uma blog trip. Naquele momento pensei: eu, em uma blog trip? Caramba, olha aonde eu cheguei! E as coisas foram fluindo e, mais pessoas fui conhecendo e
mais viagens eu fiz.
Obviamente que com os prazos e correria diária, a minha prioridade é e sempre será o primeiro emprego, mas quando tenho um respiro, nem que seja quase que na hora de dormir ou entre um farol e outro no transito maluco de Sampa, dedico um tempo para o segundo emprego, nem que seja para postar uma simples foto nas redes sociais,
pois apesar de não remunerado, o levo tão a sério quanto o meu primeiro emprego.
gosto do que faço e quando se gosta do que faz, se arranja tempo pra tudo; e, de quebra, consigo dormir e, dormir feliz 🙂
O blog além de ser a minha válvula de escape, me tornou uma pessoa mais leve, me abriu a mente e me deu o prazer de conhecer tantas pessoas diferentes de mim e com o mindset totalmente oposto das pessoas do mundo
corporativo. Pra mim, isto é um grande benefício, não somente para o meu lado pessoal, mas também para o meu lado profissional, uma vez que aprendi que nem tudo é do jeito que a gente acha que deve ser no mundo do entretenimento e nem todos são do jeito que a gente espera que sejam. Resumindo, o blog também é um grande laboratório, além de um hobby levado muito a sério.