Melhor FPS de 2016 e não é atoa, Doom é um “reboot” do clássico jogo de 94 com alguns elementos modernos que o fazem um jogo obrigatório pra ter em sua coleção.
Demorei para por as mãos na minha cópia, mas assim que consegui vi o quão intenso Doom é! O jogo aproveita das novas tecnologias de cor, texturas, físicas e engine para entregar uma experiência sólida, com toques de “reboot”. É quase um jogo old school daqueles que os Indies adoram replicar, mas com o polimento de um triple A, digno das máquinas mais poderosas.
O Gráfico do Doom vai muito além da iluminação finamente aplicada e enorme paleta de cores. A temática é a mesma do original de 94, mas com o update de gênero como feito no seu antecessor Doom 3, que transforma os corredores em salas com detalhes como copos, cadeiras, mesas, computadores e dá ainda mais detalhes na imersão. O ambiente é rico e atualizado com o que podemos chamar de tecnologia num futuro próximo, sem contar com o fato de como nosso protagonista mal humorado interage com este cenário e o fato de ter que lidar com hordas e mais hordas do Inferno. Ok, vale aqui o meu aviso que o jogo abusa da violência explícita, decapitações, membros e tripas voando. É quase como um fundo de tela no meio da ação frenética, por isso, não recomendo para os pequenos esse jogo e essa dose de violência, que faz do Tarantino diretor de conto de fadas.
Ok, ele é um old school reformatado, alguns detalhes dos shooters modernos foram completamente ignorados em Doom, o bom reload da arma é inexistente, mas segue fiel a linha do original. Também não existe regeneração de vida. Neste jogo, você se vê desesperado procurando kit´s médicos e armaduras, os cartões com cores para acessar determinadas partes do mapa também estão de volta, assim como, os locais secretos que guardam armas, vida e outras coisas boas. Isso junto de mecânicas como double jump, desafios e evolução, tanto das suas armas como armadura, dão o diferencial que você está jogando uma versão atualizada do Doom.
A história é rasa, bem fácil de ser digerida. John Carmack, um dos criadores do Doom disse que “A história num videogame é como a história em um filme porno. Ela existe, mas não é importante”.
E, nesse caso ela existe mesmo, inclusive com colecionáveis que expandem um pouco do universo deste remake, mas não é importante. Já a jogabilidade é e, nesse ponto, a equipe do Doom prova porque desbancou concorrentes de peso e porque levou o título de FPS do ano passado. O jogo é rápido, é mais rápido que CoD. Ficar parado em Doom significa que você vai virar picadinho em 2 segundos, já que não é um jogo em que você espera um oportunidade e atira sem ser visto. Você tem de estar em movimento constante, seja o single player, seja no multiplayer. É aí que Doom acerta, mesclando violência com execuções mega violentas que dão vida e munição tão necessária, principalmente nas dificuldades mais elevadas.
Com uma trilha sonora do melhor heavy metal, remake dos clássicos monstros/Demônios, o jogo é uma receita de sucesso que demorou para ficar pronto. Até o multiplayer que esperava ser algo ruim foi bem amarrado e conseguiu sair melhor do que o da outra franquia do soldado verde que sou fã assumido.
Resumindo, se você jogou Quake, Hexen, Heretic, Unreal, pode esperar que Doom vai matar a saudade e, com alguns elementos clássicos, ficamos esperando a versão de Doom 2 ou melhor Doom 5. Pode demorar mais 5 anos se o produto final for tão bom quanto esse e valerá a espera, com certeza!
O preço está bem legal (afinal ele já tem 1 aninho) e vale o investimento, já que a satisfação é garantida! Pra completar o Pacote, sem season Pass! Todos os DLCs de graça!
Até o Próximo review,
Ric!