Muitas pessoas têm verdadeiro horror em viajar sozinhas, mas eu posso garantir que é uma das melhores coisas que alguém pode fazer na vida!
Os motivos pra isso? Tenho até de sobra…
Viajo sozinha há muitos anos e a cada viagem descubro que viajar sozinha é encarar os medos e receios de todo ser humano, é ser liberto de qualquer compromisso ou satisfação, é fazer o que quer na hora que bem entende, é se permitir a conhecer novas pessoas, é buscar o novo, é ter a cabeça aberta para aceitar as coisas como elas são. Viajar sozinha é acima de tudo auto descobrir-se.
Tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas ao longo desses anos, fazer verdadeiros amigos e escavar o mundo do meu jeito e sob o meu olhar. Pelo fato de eu ter que me virar sozinha, sempre fiquei muito em contato com as pessoas locais e, como isso, tive a oportunidade de descobrir cada lugar lindo e pouco conhecido pelos turistas convencionais. Concordo que não precisa estar sozinha para isto se tornar viável, mas só pelo fato de não ter nunca um estado de “acomodação”, você é obrigada a se virar durante o tempo todo.
Muitas pessoas me perguntam se eu também viajo acompanhada e a resposta é: SIM! Mas somente quando é possível, quando eu tenho interesse pelo lugar e quando as agendas conciliam, obviamente.
A primeira dica que dou a pessoa que tem planos de viajar sozinha é pesquisar bem o lugar que visitará, principalmente, os aspectos culturais deste local. Não é difícil encontrar pessoas que se frustram por aí por não saberem o que as esperam.
Por mais popular que o lugar seja, você (e somente você) tem que saber se identifica-se com ele, se realmente é o lugar que você tem vontade de ir. Sempre digo que ir para um destino que todos vão somente é válido quando você realmente quer o conhecer.
E posso confessar uma coisa? Fui a muitas capitais e destinos badalados mundo a fora e, muitos não são de longe a minha preferência. Tá certo que eu sou um pouco polêmica em relação a isso e que tenho gostos totalmente não convencionais afinal, quem estudaria inglês no Hawaii, passaria semanas em Malta, não teria entre suas cidades prediletas Paris e viajaria a um país muçulmano e a uma ilha romântica sozinha? Poucas pessoas, não é mesmo?
Pois bem…Se me perguntarem se eu passei medo? Confesso que eu alguns momentos sim, mas Graças a Deus sempre tive verdadeiros anjos da guarda me protegendo durante as minhas viagens.
Para minimizar qualquer situação desconfortável, sempre pesquiso onde ir e onde não ir, sempre pergunto aos locais o que eu devo evitar e onde não posso deixar de ir e sempre quando anoitece pego um táxi para voltar mais tranqüila, independente se me falam se o lugar é seguro ou não. Atualmente, os únicos países que não faria isso seriam os países nórdicos e a Suiça.
Não entendo isso como um exagero, mas sim uma precaução, uma vez que, não são divulgados os reais problemas sociais de muitos países por aí (viu mulherada?). Você fica sabendo somente se fica muito tempo por lá ou se conhece um nativo ou indivíduo que more por lá.
Então, meus queridos leitores, pra que bobear, não é mesmo?
Mas por favor, mulheres, não fiquem apavoradas por causa disso. É somente uma precaução para que vocês fiquem tranqüilos, tranqüilas.
E como se virar quando chegar ao local, como se virar com a imigração, com a comida, com o idioma, onde se hospedar?
Muito simples, meus queridos!
Em relação à acomodação, sempre que estiver pesquisando um local, vá a sites como o HI (Hostelling International), site da cidade, booking.com, blogs de turismo para saber as melhores localizações e escolher onde ficar.
Em pequenas cidades, é interessante sempre estar perto de estações ferroviárias. Um exemplo bem bacana para isso é a Itália. Em muitas cidades deste país, inclusive Roma, a melhor localização quase sempre é ficar ao lado de uma estação ferroviária. Além de não ter que ficar carregando a mala pra lá e pra cá, economiza com transporte, tempo etc etc., mas ATENÇÃO!!! Reserve SEMPRE com alguns meses de antecedência! Esses lugares são extremamente requisitados!
Além disso, quando pesquisar acomodação, procure um hotel que tenha transfer e, caso não seja possível, avalie a viabilidade de alugar um carro. Tudo dependerá do tamanho da cidade, das facilidades oferecidas e de quanto você quer gastar. Sempre aconselho a não gastar muito dinheiro com hospedagem, a não ser que fique pelo Caribe ou em algum local de infra precária. Definitivamente, gastar horrores em algo que você ficará menos de 30% do seu dia, é algo que não faz o menor sentido! (a não ser que você queira…)
Em relação à imigração, sempre tenha a documentação fácil no momento da entrevista. Leve consigo o crachá de sua empresa, uma carta da empresa (em inglês) atestando que você volta e o mais importante, fique calmo! Eles podem desconfiar de algo se parecer nervoso. Seriedade é sempre bem vinda quando a pessoa da imigração for sério, sorriso quando a pessoa for simpática. Não confunda porque a simpatia brasileira muitas vezes não é tão bem vinda assim, ok? Não há nada o que temer se não tem o que temer, correto?
E o tal do idioma?
Isso também deve ser pesquisado. Alguns lugares como Grécia, as pessoas falam muito bem o inglês, mas se for para a Turquia, provavelmente, terá dificuldade em se comunicar, uma vez que, poucos falam inglês.
E para quem não fala inglês?
Bom, na verdade, nos viramos de alguma forma quando o assunto é “comprar” afinal, o símbolo de “din din” é universal, não é mesmo? rs! Mas o ideal é ter o inglês com o nível pelo menos intermediário para que possa se virar bem no dia a dia.
E como você se virou na Turquia?
Bom, contratei uma guia particular que falava português em Istambul. Apesar de falar inglês, a Turquia é um país com muita história e nada melhor do que a sua língua nativa para entender o banho cultural que é aquele país. Obviamente, nas demais cidades da Turquia, o guia teve que ser inglês em função do pequeno volume de brasileiros que ainda visitam aquele país.
E a comida, minha flor?
A comida ficará sempre a critério de seu estomago. Eu, sinceramente, prefiro ficar no convencional para não ter qualquer problema e não passar qualquer perrengue. Tenho um certo trauma depois de ter comido uma pizza super indicada em Chicago. Além de ser forte, fiquei com o gosto da pizza durante todo o dia seguinte…rs!
Outra coisa que sempre me perguntam é: E para tirar foto? Como você faz?
Isso é super simples! Sempre terá uma pessoa passando pela rua ou um turista fotografando. É só você ir em direção a pessoa e perguntar EDUCADAMENTE se ela pode tirar uma foto sua. Obviamente, você terá que fazer uma leve avaliação da pessoa (rs!) no quesito boa vontade e se é boa de tirar foto.
Se a pessoa for antipática, ela (normalmente) tirará a foto do mesmo jeito. Isso não será um impedimento. Se a pessoa for ruim de foto, você pode pedir para tirar novamente e EXPLICAR como você quer. A pessoa não é fotógrafa, advinha e nem tem uma bola de cristal…rs!
O interessante é que sempre que digo que sou blogueira, as pessoas acham que eu sou modelete e, realmente, se empenham para tirarem uma foto legal. Umas graças…;o)!
E essas são as mínimas precauções que entendo que proporcionarão a você viajar tranqüilo. O mais importante é ter coragem, o coração aberto para escavar esse mundão e pensar que cada viagem é uma auto descoberta de nós mesmos. Pratique isso sempre que possível!
Boas viagens, meus queridíssimos leitores…;o)!