Não temos certeza nenhuma sobre o que vai acontecer no futuro, mas uma coisa é fato, quem tem longevidade ficará velho um dia. A importância da presença dos filhos na qualidade de vida dos idosos é tamanha, não só para ajudar nas tarefas do dia a dia, mas também para dar atenção e dignidade.
Como sempre digo, não sabemos quem vai primeiro, principalmente, nos dias atuais. Pessoas mais jovens vivem enfiadas em seus equipamentos eletrônicos, além de comer de forma muito menos saudável Os muitos aditivos e agrotóxicos em suas alimentações, assim como a ansiedade por respostas rápidas estimulam péssimos hábitos de vida, o que podem ocasionar em uma menor expectativa de vida.
Apesar de viajar com bastante frequência, procuro estar muito presente na vida da minha mãe, que hoje em dia tem dificuldade de locomoção e uma série de patologias. Às vezes aperto a mão dela e ela retribui com seu aperto, o que para mim demonstra confiança e lealdade que temos uma com a outra.
Depois que saí do mercado corporativo, pude ficar por dentro de forma mais profunda no cotidiano dos meus pais. Quando meu pai caiu e quebrou o fêmur, ficamos um mês inteiro no hospital. Ele se foi, não por causa da cirurgia, mas por conta de uma enorme hérnia. No momento em que recebi a notícia, fiquei em choque, triste e sentindo algo que nunca tinha sentido na minha vida, mas ao mesmo tempo em paz porque sabia que tinha feito tudo que estava ao meu alcance. E, ele, lá de cima sabe disso.
Mamãe ficou conosco e fiquei ainda mais presente na vida dela. Percebo nas tarefas mais simples como isso tem uma baita importância em sua qualidade de vida. Se você é filho e tem um pai idoso, não deixe de visitá-lo com frequência e ser presente de verdade em sua vida. Ligar todo dia não é necessariamente sinônimo de presença. Presença é estar perto, dar um abraço, fazer uma comidinha especial, comprar o que gostam.
Um pai idoso, principalmente uma mãe idosa, jamais falará para seu filho que sente falta, que o quer mais perto etc. Na cabeça deles, cada filho tem sua família e vida e eles não querem atrapalhar. Por outro lado, nem todos os filhos têm a sensibilidade de perceber a falta que faz sua presença para a qualidade de vida dos idosos.
Não adianta chorar quando for tarde demais. Ou pior. Brigar pela herança porque sabe bem seus direitos, mas esquece dos deveres que também têm. No fim, quando ficamos velhos, não temos a garantia de que um filho estenderá a mão, mas temos que ter a consciência tranquila de termos cumprido nossos deveres enquanto nossos pais aqui estão. Algo que inclusive faz uma diferença em nosso bem-estar.
Eu, que não tenho filhos, somente um sobrinho e afilhados não sei se precisarei de apoio no dia a dia no futuro, mas busco fazer o máximo para ficar sem depender de ninguém o máximo de tempo possível. Afinal, não sei o quão abraçada serei lá no futuro.
A única certeza por agora é que farei o possível e impossível para estar presente na vida da minha mãe e que ela terá a melhor qualidade de vida que eu puder dar!
Cuide de você e do próximo, como se você fosse 🙂
Um beijo e até o próximo post, Gardens
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