Entre um dos dias mais polêmicos do ano está ele, 8 de março! E qual o motivo para tanta polêmica? Qual é a sua opinião sobre o Dia Internacional da Mulher?
A comemoração da data é oriunda de diversas lutas e manifestações de mulheres, em períodos distintos, por direitos iguais. Para quem não sabe, somente em 1945 a ONU assinou o primeiro acordo internacional acerca da igualdade entre homens e mulheres e reconheceu o dia 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher muitos anos depois, em 1977.
Nós, mulheres, não tínhamos direito ao voto entre outras coisas ainda em 1945, dá pra acreditar nisso?
Como o Não Pira, Desopila é composto por um time bem diverso, resolvi fazer uma enquete entre nós para saber de cada um a opinião sobre o Dia Internacional da Mulher. Para ser o mais democrática possível, vamos as reflexões em ordem alfabética:
Depoimento – Fran Galvão
“Encaro o Dia Internacional da Mulher como uma homenagem à força da mulher, a nossa resiliência e a nossa capacidade ímpar de cuidar e ser cuidada, de ser forte e delicada, de sermos um mix de emoções e razões. Infelizmente, ainda temos a necessidade de “gritarmos” para sermos escutadas. Ainda nos deparamos com desigualdades, discriminação e abusos, mas nada disso se conserta por termos um dia só nosso.
Depoimento – Gardens (Gardênia Rogatto)
Já achei bacana, já achei péssimo, hoje acho importante pela história de luta e discussões que fez com que o Dia Internacional da Mulher fosse celebrado. Ao contrário do que muitos pensam, também existe o Dia Internacional do Homem (celebrado a partir de 1999), mas ele não é tão comercialmente falado pelo fato de haver um machismo intrínseco em ambos os lados e por sermos já o presente deles todos os dias, claro…rs
Por tudo que já passamos no passado e tudo que ainda ocorre, creio que a mulher tem o direito e a necessidade de se expressar no Dia Internacional da Mulher da forma que for, na opinião que for.
O meu manifesto é pra dizer que a mulher sempre buscará fazer o seu melhor em qualquer ocasião. Normalmente, “não há o fazer nas coxas” porque não conseguimos não colocar nossa personalidade e nossa marca quer seja em casa, no trabalho ou em um relacionamento.
Dificilmente, seremos passivas ou desencanadas das coisas e fatos que nos cercam porque levamos muito a sério as nossas tarefas e atribuições, além de vivermos na busca, mesmo que inconsciente, da aprovação e admiração de nossos atos. Muitas e muitos até podem discordar do meu posicionamento e achar que isto é válido para os homens também, mas aí eu pergunto: qual mulher não quer ser destaque no que faz (assuma: somos competitivas!)? Qual não teve que ralar muito mais pra ser reconhecida pelo (a) chefe ou pela sociedade? Qual não teve que se impor de alguma forma para ter respeito (e não acharem que era “só uma mulher bonita e gostosa”)? Qual não quer ser amada? Qual não quer ser jamais tratada com uma qualquer na listinha de um homem? Qual não quer ser respeitada por sua opção sexual, pela sua opção profissional ou pelo seu estilo de vida? Qual não chora de dor por dentro e diz está tudo bem para não preocupar? Qual não defendeu os seus com unhas, dentes e sangue nos olhos? Qual nunca foi traída por “aquela amiga” sacana?Qual não tem aquela amiga que levanta o seu moral na frente dos outros e te fala “a gente conversa depois”? Qual não soube guardar segredo de algo que não era seu? Qual não adora o termo “dá pra parcelar este valor em 3 x”? Qual não tem os seus 5 minutos incompreensíveis? – Os homens não necessariamente buscam isso em todas as circunstâncias da vida, já a mulher, ela busca, do jeito dela, mesmo sem perceber.
Não queremos mais a discriminação, o preconceito, o descaso, o acaso e falta de paridade salarial e, por isto, estamos aqui, na luta implícita pra este jogo virar e, realmente, fazer valer o tal dos “direitos iguais”, reconhecidos lá em 1945.
Sei que somos difíceis de sermos entendidas porque somos diversas e é esta beleza de misturas e personalidade que faz da mulher este ser único e multitarefa que, no final das contas, só quer ser feliz e se doar ao que e a quem ama, independentemente das circunstâncias ao seu redor.
Depoimento – Luci Orkov
“Mais um Dia Internacional da Mulher chegando e este ano, a pedido da Gardens, paro pra sentar e pensar sobre o que penso desta data.
Chego a conclusão de que tenho sentimentos dúbios. De um lado acredito ser importante ter um dia para chamar atenção para o tema, mas por outro lado, penso que este “dia” já cumpriu sua missão de conscientizar e que agora a bola tá com a gente!
É hora de colocar em prática ações que realmente melhorem o papel das mulheres no mundo. Chega de jornada dupla sem reconhecimento, chega de sermos menos remuneradas pelo mesmo tipo de trabalho, chega de violência doméstica, chega de levarmos a culpa por sermos violentadas pelo fato de usar uma saia curta ou de estarmos sozinhas num bar!
Esse é meu recado pros leitores. Aproveitem a data para refletir! Tomem partido pela causa e façam algo que realmente faca diferença para as mulheres ao seu redor!”
Depoimento – Mari Rogatto
“As mulheres não precisam de um dia, elas precisam de igualdade, amor e respeito em todos os 365 dias do ano.”
E quem disse que os homens do NPD ficariam de fora deste mar de opiniões? Aqui, os direitos e espaços são iguais pra todos, mesmo sendo a mulherada em maioria para deixar esta página mais florida…rs
Depoimento – Mateus Fontanini
“As mulheres não sabem investir?
Oi gente, tudo bem? Primeiro queria desejar Feliz Dia das Mulheres para todas. Essa semana no trabalho está bem corrida e o texto vai ficar bem curtinho, mas espero deixar essa reflexão para vocês, mulheres.
Infelizmente, como todos sabem a participação da mulher no mercado de trabalho vem crescendo e ainda difere muito da participação dos homens. Quando falamos de investimentos, a discrepância é maior ainda.
Atualmente, o Tesouro Direto é um dos investimentos mais difundidos e populares do Brasil e vem atraindo milhares de pessoas ano a ano. Só no ano de 2016, o tesouro direto teve 167.854 pessoas cadastradas, um aumento de 72% em relação ao ano de 2015.
Nota-se que a participação das mulheres nessa modalidade de investimento cresceu no ano de 2016, entretanto, ainda é uma posição bem baixa, atingindo apenas 24,5% do total de investidores do mês de janeiro de 2017.
Quando falamos em bolsa de valores, segundo a BMF&Bovespa, a porcentagem de mulheres que investem é de cerca de 26%, apesar de ser um percentual maior que o do tesouro direto, ainda é um número bem baixo.
O questionamento que gostaria de deixar para refletirmos é o porque desse número de investidores mulheres ainda ser tão pequeno frente aos investidores homens. Será que infelizmente a família tradicional brasileira ainda vive no passado em que apenas os homens devem investir e a mulher “não sabe cuidar do dinheiro”? Comente aqui abaixo para podermos entender melhor esse cenário =)”
Depoimento – Ricardo Andion
“Nos dias atuais, onde tudo está politizado, lembrar que as mulheres há anos brigam por direitos iguais é importante! Dar igualdade não é perder algo e, sim incluir pessoas ao mesmo patamar. O nicho “nerd” é naturalmente machista, preconceituoso e exclusivo por natureza. Afinal, cultura pop é reflexo da sociedade.
Felizmente aos poucos, começamos a evoluir e a incluir garotas em nosso meio, já que ser fã de games não é algo 100% masculino, que mulheres podem ler e escrever quadrinhos, além de fazer tantas outras boas nerdices quanto nós. No final saber ver as diferenças, respeitar os pontos de vista diferentes é o que nos fazem melhorar como seres humanos e nada mais justo que buscar a igualdade nas relações.”
E você, o que acha deste dia? Compartilhe com a gente a sua opinião também!