No dia 6 de dezembro de 2017, o Copom se reuniu pela última vez no ano de 2017 e decidiu cortar a taxa básica de juros (Selic) em mais 25bps. Com isso, chegamos a Selic de 7% ao ano, ou seja, ao alcance de seu menor patamar da história. A queda não deve parar por aí, já que em nota explicativa o Copom verifica a possibilidade, de já na próxima reunião, realizar uma nova redução na taxa. – Nunca na história do Brasil alcançamos uma taxa tão baixa.
Alguns anos atrás, na gestão de Alexandre Tombini frente ao BC, a Selic chegou ao patamar de 7,25%. Naquela época, a decisão de reduzir tal taxa a nível tão baixo foi amplamente criticada pelos economistas, que alertavam que o fato poderia trazer uma inflação crescente ao país. Dito e feito.
Por incrível que pareça, este último corte na taxa, trouxe elogios de muitos economistas a gestão de Illan Goldajn, que ainda alertam que a inflação tende a ser cada vez mais benigna, o que sinaliza um possível espaço para um corte maior do que 25bps na próxima reunião do Copom.
O grande ponto que quero comentar hoje é: Com a taxa nos níveis atuais, o que isso impacta em nossa vida de investidor?
O impacto ocorre em diversas frentes, como por exemplo:
- caderneta de poupança – uma das nossas piores opções de investimento, volta a ter juros reais maiores;
- a economia e a bolsa de valores tendem a retomar o crescimento;
- volta estímulo da atividade, uma vez que, os juros de empréstimos encontram-se mais baixos;
- aumento do poder de compra (juros real);
- diminuição do desemprego, entre outros pontos benéficos.
E o que devo fazer neste cenário de taxa Selic tão baixa?
Esse é um ponto muito importante. Obviamente com a queda da Selic, o investimento tradicional (Tesouro Direto – Selic) passa a render menos, entretanto, existem diversas outras possibilidades de investimentos ainda em renda fixa que proporcionam um rendimento real robusto.
Eu mesmo, possuo cerca de 75% de meus investimentos em renda fixa e, não é porque a Selic está em patamares mais baixos, que vou sair correndo e colocar meu dinheiro em renda variável. Se você deseja procurar investimentos que te proporcionarão taxas mais altas, ainda na renda fixa, invista em debentures de boas empresas ou até mesmo em títulos públicos (tesouro direto) com vencimentos mais longos.
Agora, se você deseja correr mais riscos e buscar retornos maiores e mais imediatos que os da renda fixa, faça um mix em seu portfólio e inclua ativos de risco como ações, fundos imobiliários, ouro, dólar etc, mas lembre-se: são todos investimentos em renda variável, sendo ideal investir o percentual que se adeque a seu perfil de risco.
Um abraço,
Fon