Você sabe o que a expressão Tied Together (#tiedtogether) significou na última edição da New York Fashion Week?
Estive durante todo o evento na cidade, cobrindo os desfiles e acompanhando o burburinho nos bastidores, nas passarelas e arredores e, quero dividir um tema que adorei presenciar e vivenciar durante uma semana de moda: o envolvimento grande das marcas e seu posicionamento a favor das causas comuns à todos nós.
Por lá, foi aceso neste universo, o coro a favor do #tiedtogether (Tied Together), que significa algo similar ao símbolo da inclusão, da igualdade, do respeito às diferenças e do “juntos somos mais fortes”.
A ideia é uma ação não política (será mesmo?), mas sim um apoio a humanidade neste momento tão critico, feito através de um convite da indústria da moda, para nos unirmos e fazermos uma declaração de solidariedade, unidade e inclusividade.
Já que na moda o visual é mais forte que as palavras, o símbolo do movimento #tiedtogether é uma bandana branca, que amarrada representa o sinal de laços, independente da cor, raça, gênero, religião, sexualidade ou nacionalidade. Lembre-se que somos seres visuais.
Destaco como força neste movimento alguns desfiles em que estive presente e que fiquei orgulhosa de poder vivenciar tão de perto esse momento da indústria fashion.
O primeiro foi do Raf Simons, ex-diretor criativo da Dior, que essa temporada assumiu a Calvin Klein e anexou aos convites a bandana e o pedido para usarmos em nossos looks durante o evento.
Aqui uma pertinente observação: Minha gente, ele NÃO quis trazer a bandana como uma tendência de moda, como já vi muitos blogs e consultoras falando por aí…pelamor!!! Ele usou, sim, brilhantemente nos looks desfilados tais bandanas, mas como demonstração de sua participação no manifesto.
Outro destaque de Raf foi o casting de modelos repleto de diversidade, entre elas a modelo da Etiópia Liya Kebede.
Na seqüência, Prabal Gurung inovou a fila final. Ao invés das modelos entrarem com os looks desfilados – algo bastante esperado no final de um desfile – todas trocaram de roupas e entraram com camisetas que diziam algo. E, como era de se esperar, muitas delas estavam com as bandanas amarradas ao pulso. A música escolhida para o encerramento não poderia ser melhor: Imagine, de John Lennon.
Destaque para esta maravilhosa modelo plus size (a esquerda) –
E para fechar, no final da NYFW, o vídeo (abaixo) “I am an Imigrant” viralizou, remetendo e reforçando o que disse Meryl Streep na última cerimonia do Globo de Ouro: “Hollywood é formada por estranhos e estrangeiros, e se chutarmos todos para fora, não teremos nada para assistir, além de futebol e MMA, que não são artes”.
Vale clicar no link -> I am an immigrant
Quer saber de uma fofoca dos bastidores?
Claro que a gente não ia terminar este post sem trazer uma fofoca quentinha para os nossos leitores. No desfile de Philipp Plein, dois editores de revistas, se recusaram a sentar ao lado de Tiffany Trump, filha do presidente norte americano. Alegaram não terem nada contra ela, mas não queriam ser fotografados ao lado….hummm sei ?!?!?!
Bem, neste desfile eu estava como standing (de pé), o que já foi maravilhoso, já que estavam presentes Tyga e Kylie Jenner, Madona, Paris Hilton etc., mas confesso que não teria achado nada ruim me sentar ao lado da Trump, viu! Se ninguém quer, eu quero rsrsrsrs não por ser fã dela, mas porque assistir sentado é sempre bem melhor…..rsrsrs
Foi uma experiência única ter assistido tudo isso de perto e ver a indústria fashion se posicionando a favor de temas tão cruciais para o momento em que vivemos.
Com certeza, esses manifestos estarão presentes nos futuros livros de história da moda e o Não Pira, Desopila esteve de pertinho conferindo tudo.
Qual a opinião de vocês?
Conta pra gente!!
Logo mais, trarei outros insights do que rolou na New York Fashion Week, mas não se esqueçam que tem texto sobre street style debaixo da tempestade de neve que aconteceu na cidade já neste post AQUI.
Santè!
Fran Galvão
@fran.galvao