Você já parou para pensar no efeito do coronavirus nos investimentos? Esta pergunta tem causado verdadeiros calafrios em meio a esta pandemia. Muitos investidores estão pirando literalmente ao ver seus ativos, construídos com tanto suor, tendo picos constantes de queda. Mas, calma! Muita calma nessa hora.
É preciso analisar com muita prudência o cenário antes de tomar qualquer ação. Definitivamente, não é o momento para fazer revoluções em sua carteira de investimentos, caso seja diversificada. O cenário de incertezas diversas para os próximos meses pede muita inteligência emocional e raciocínio a longo prazo. Não é hora de se descabelar, é hora de aguardar pacientemente que as coisas voltem ao eixo possível pós toda crise impactada pelo coronavirus.
Caso esteja em seus planos fazer análises mirabolantes e correlacionadas entre investimentos e coronavirus, reflita. Não é porque as ações de uma empresa sólida despencaram que você terá lucratividade futura na compra de papéis dela neste momento. Não sabemos quais empresas continuarão saudáveis a curto e a médio prazo. Além disso, apostar a cobertura do risco em uma eventual garantia dos até R$ 250 mil previstos no FGC – Fundo Garantidor de Crédito pode não ser uma boa ideia.
MAS E O EFEITO DO CORONAVIRUS NOS INVESTIMENTOS?
O QUE FAZER COM MINHA CARTEIRA DE INVESTIMENTOS?
Antes de mais nada é necessário avaliar sua carteira de investimentos. Se você acompanha o blog há alguns anos, sabe que aconselhamos nossos leitores a ter uma carteira diversificada. É importante e prudente ter uma boa parcela de seus ativos entre aplicações de renda fixa e ouro, deixando uma parcela menor em multimercados e ações, caso não tenha estômago para correr risco. Além disso, dentro dos investimentos em renda fixa, é recomendável que parte deste valor esteja em títulos de liquidez imediata, justamente para cobrir qualquer emergência.
Não mexer em absolutamente nada enquanto a situação não normalizar é uma atitude prudente, mesmo que esteja tendo devaneios com as fortes quedas dos últimos dias. Não é hora de mexer ou de “realizar o prejuízo”. O momento pede paciência, a não ser que tenha uma carteira totalmente composta por fundos multimercados e de ações (o que é um tiro no pé, caso não seja especialista no assunto).
Se for resgatar algo a curtíssimo prazo, mexa no dinheiro que está em seus investimentos de renda fixa (exceto crédito privado).
ONDE APLICO MEU DINHEIRO NESTA CRISE?
Se puder aplicar em ouro e fundos de renda fixa que não tenham crédito privado na composição (há alguns fundos com rentabilidade negativa), faça. Lembre-se, o melhor investimento em qualquer cenário é e sempre será sem dúvida alguma o ouro.
E SE NÃO TIVER DINHEIRO?
Se não tiver dinheiro aplicado ou estiver com a grana curta, é hora de avaliar seus gastos. Onde tem colocado o seu dinheiro? Não dá para poupar ao menos uns R$ 200, por mês? É hora de avaliar o que é essencial e supérfluo, de verdade.
QUEM ESTÁ EM UMA SITUAÇÃO CONFORTÁVEL NESTE MOMENTO?
Apesar de estar surtando por dentro, quem tem a carteira diversificada, títulos com liquidez imediata e tem uma renda mensal está certamente em uma situação confortável. Não é momento para histeria, tem que esperar e segurar os nervos.
Além disso, muitos estão ganhando bem com fundos atrelados ao câmbio ou a certos multimercados, mas será que este cenário se alongará por muito tempo? Claro que esta modalidade está rendendo frutos há muito tempo, mas é necessário monitorar a todo momento.
RECADO AOS ESCLARECIDOS NO ASSUNTO
Se você é um investidor assíduo, que vive intensamente e acompanha na vírgula o mercado de ações e outras opções de investimentos, claro que não serei eu que falarei para você não fazer isso ou aquilo. Você já tem o perfil de certo risco no sangue. Este texto é voltado às pessoas que não se enquadram neste perfil).
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