Já ouviu falar na Ilha do Combu no Pará? A menos de 10 minutos de barco da capital Belém é um lugar que vale muito a pena conhecer para ter contato mais próximo com a natureza da Amazônia, com restaurantes e costumes ribeirinhas, além de entender a importância para a comunidade local de frutos como o açaí e o cacau.
O acesso à Ilha do Combu é muito prático e não há necessidade de contratar uma agência para dar um giro por lá. Os barqueiros saem normalmente de hora em hora (fora da alta temporada) do Terminal Hidroviário Ruy Barata, localizado na Praça Princesa Isabel, sendo o valor da passagem R$ 10, por pessoa (março de 2025).
O transporte é feito em um barco bem estruturado, que não bate ou percorre o trecho em alta velocidade, o que dá maior segurança aos idosos e crianças. Seu objetivo é fazer o transfer dos visitantes para os restaurantes ribeirinhas e para a fábrica de chocolates da Dona Nena na Ilha do Combu.
Por isso, assim que chegar ao terminal hidroviário, algumas pessoas vão te abordar com cardápio, diferenciais e cortesias da grande parte dos restaurantes ribeirinhas que estão abertos no dia. Assim que você embarcar, o barqueiro perguntará qual seu destino, para que possa te deixar em seu destino. A maioria dos restaurantes oferecem como cortesia uma parada na fábrica de chocolates da Dona Nena.
Caso queira dar um giro pela Ilha do Combu é possível abordar e contratar um dos barqueiros para que dê uma volta contigo pelo furo (denominação dada pelos paraenses para cada entrada ou caminho do rio) e conhecer vários pontos ao longo do trajeto. Cada barqueira cobra um valor diferente por uma hora de passeio, tem que negociar.
Deixarei o contato do Tiago (091 9 9327 1665), que é um barqueiro bem querido e que nos cobrou R$ 100, por uma hora de passeio pela Ilha do Combu, partindo do Restaurante Chalé da Ilha.
PARA APROVEITAR MELHOR A ILHA DO COMBU…
o que aconselho é escolher como primeira parada o restaurante Chalé da Ilha, que é um dos últimos da rota. É perfeito para fazer um trajeto maior de barco e ver como as pessoas vivem, como são as casas e demais comércios neste trecho (ou “furo”) da Ilha do Combu.
Além do lugar ser muito bonito, tem mesas ‘molhadas’ e piscinas naturais para melhor se refrescar nos dias mais quentes. Converse com a proprietária e veja se consegue te mostrar o caminho para ter um contato mais próximo com a floresta. Ela me mostrou pés de cacau, açaí, jambu e andiroba. E, de quebra, pude tirar um cacau direto do pé. Foi bem legal!
Como fui dois dias à Ilha do Combu, no primeiro dia parei no Restaurante Chalé da Ilha. Fiquei umas três horas por lá e pude aproveitar bem a estrutura, a cervejinha gelada e uma porção bem boa de macaxeira (mandioca). De lá, seguimos para a Filha do Combu, que é fábrica de chocolates da Dona Nena, que inclusive é parada obrigatória. Almoçamos no Restaurante Terraço da Ilha para ter contato direto com uma árvore de samaúma.
Como a nossa passagem dava direito a parada em um restaurante e na fábrica da Dona Nena, pagamos R$ 5, extra por pessoa para fazer a parada adicional.
No outro dia, paramos no restaurante mais próximo de Belém e, também, o pioneiro neste tipo de vivência, que é o Saldosa Maloca (é assim que se escreve mesmo rs). De lá, negociamos com o Tiago (barqueiro) e fomos dar uma volta de uma hora pelos arredores, além de parar na Biojoias do Combu. A experiência de dar um volta a mais é super válida para quem quer ter uma maior imersão na natureza.
Foi ótimo! Claro que dá para fazer tudo em um dia, mas voltamos porque estar na Ilha do Combu é viver mais a experiência de estar na parte paraense da Floresta Amazônia.
RESTAURANTES NA ILHA DO COMBU – ONDE COMER?
Gostei bem da estrutura do Restaurante Chalé da Ilha. Suas porções são bem saborosas e o ambiente uma graça. A porção de macaxeira frita sai por R$ 22, e a Cerpa long neck a R$ 12. Para se ter uma ideia, uma moqueca custa R$ 165, o tambaqui grelhado R$ 150, ambos para duas pessoas.
Almoçamos no Restaurante Terraço da Ilha e pedimos o tambaqui na grelha, que estava bem bom, e que custa R$ 110. O local tem piscina, piscina de rio, mas o seu grande diferencial é o caminho que leva até uma samaúma centenária gigante.
O Saldosa Maloca não é tão gracioso quanto o Chalé da Ilha, mas é o mais tradicional, pioneiro e o único que tem Cerpa de 600 ml (rs) e vista privilegiada de Belém do Pará. Pedimos de entrada patinhas de caranguejo, que são servidas com geleia de taperebá (R$ 38) e de prato principal o tambaqui na brasa (R$ 137). Foi a melhor experiência gastronômica entre as três opções.
Gostou da dica sobre a Ilha do Combu? Estas e outras dicas para sua viagem, com experiências reais é o que encontrará por aqui.
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Um beijo e até o próximo post,
Gardens 🙂