E mais uma vez o Banco Central (BC) resolveu quebrar paradigmas e seguir com sua coragem, reduzindo novamente a Selic (taxa básica de juros) em 0,25 p.p. deixando-a em 6,5% ao ano. Entretanto, não foi só a coragem em reduzir a taxa básica que surpreendeu, mas também o comunicado emitido após o fim da reunião do Copom.
O comunicado traz a seguinte frase: “Para a próxima reunião, o Comitê vê, neste momento, como apropriada uma flexibilização monetária moderada adicional.” Uau! Illan e sua turma deixaram claro que haverá, na próxima reunião, um corte adicional na taxa básica de juros. Como moderada, podemos entender que o corte seguirá em 0,25%.
Adicionalmente, o comunicado continua com a frase: “Para reuniões além da próxima, salvo mudanças adicionais relevantes no cenário básico e no balanço de riscos para a inflação, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária, visando avaliar os próximos passos, tendo em vista o horizonte relevante naquele momento.”
Nessa segunda parte do comunicado, para a reunião de junho, o Banco Central deixa claro que pode continuar na redução da Selic, mas também demonstra que dependendo do cenário base, pode interromper os cortes na taxa, ou seja, o Banco Central realmente se vê independente para realizar o que ele julga melhor para economia do país, sem ser envolvido nos impasses políticos. Esse e outros motivos levaram Illan a ganhor o prêmio de melhor presidente dos Bancos Centrais em 2017. Parabéns!
Mas o grande ponto que quero comentar no texto de hoje é sobre como toda essa mudança na taxa básica impacta em nossos investimentos. Infelizmente, a renda fixa no Brasil não é mais aquela “gorda” de cerca de 15% ao ano como chegou nos anos de 2014 e 2015 e diante dessas mudanças, o investidor precisa começar a procurar investimentos que possuam um potencial maior de valorização em sua carteira. Ativos interessantes no momento seriam: fundos imobiliários, fundos multimercados e fundos cambiais. Mas lembre-se, estamos falando em renda variável, por isso é de suma importância que a maior parte do seu capital continue em renda fixa.
Mas se você ainda tem medo de sair da renda fixa, mantenha o seu capital, pelo menos, em Tesouro Direto e fuja da caderneta de poupança. Tesouro Direto é mais seguro e possui uma rentabilidade muito maior do que a caderneta.
Ficou alguma dúvida, comente aqui embaixo.
Um abraço,
Fon.