Está na busca sobre o que fazer em Mendoza, quais vinícolas visitar, quantos dias e quando ir? Adianto que são perguntas com uma infinidade de respostas que dependerão muito de quantos dias e em que época você prefere ir.
Eu, por exemplo, não gosto de frio e evito viajar para destinos e épocas em que tenho que me empacotar. Entretanto, tem gente que prefere e adora! É a partir do seu perfil que começará a elaboração do roteiro.
Se estiver com a expectativa de gastar pouco porque dizem que a Argentina é um destino barato para os brasileiros, sinto-lhe informar que Mendoza é um destino em que deixará uns bons dólares por conta do que se gasta com passeios no geral, mas negociei e consegui algo bem legal para vocês com uma das mais bem avaliadas agências em Mendoza.
Com a alta inflação do país, a gente tem que fazer contas a toda hora entre pesos, dólar, dólar blue e reais. Além disso, tem que ficar antenado para não perder tanto na conversão. O que recomendo também é fechar os passeios ou com uma agência ou com um motorista particular para que faça tours privativos e customizados.
Nossos leitores e seguidores ganham uma garrafa de vinho OU transfer do aeroporto ao hotel em Mendoza da agência Sineus como cortesia quando dizem que fecham os passeios com a indicação da Gardens do Não Pira, Desopila. Gostaram do benefício? Então, falem com o Fernando via Whatsapp +54 9 261 545 1540 – Q
uer ir à Mendoza comigo em março de 2024?
Eu e Fernando bolamos uma rota bem legal de 7 dias que inclui desde vinícolas a experiências contemplativas, saiba tudo clicando neste link – Caso queira algo mais personalizado, também posso bolar algo focado em seu orçamento e dias disponíveis.
Como acabei de chegar de Mendoza e estou com tudo fresco na minha cabeça, farei um post bem detalhado para te ajudar com todas essas dúvidas básicas, que eu também tive na hora de planejar a minha viagem. Bora lá?
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ROTEIRO: O QUE FAZER EM MENDOZA E EM QUANTOS DIAS?
Em se tratando de um dos destinos mais procurados pelos amantes de vinho, as vinícolas são as estrelas de qualquer roteiro a Mendoza. Há três regiões de vinhos que deve conhecer: Maipu, Luján de Cuyo e Valle de Uco, mas também tem montanha e caminhada para quem gosta de natureza e belas paisagens.
Uma coisa importante quando ler bodega, traduza para vinícola.
O roteiro Mendoza que fiz:
Dia 1 – saída de São Paulo e degustação na bodega Anaia para contemplar o por do sol
Dia 2 – Alta Montanha: viagem contemplativa e com paradas até o Cerro Aconcagua
Dia 3 – Maipu: visita e degustação as bodegas Alandes, Santa Julia e Casa Vigil
Dia 4: Luján de Cuyo: visita e degustação as bodegas Pulenta, Budeguer e Lagarde
Dia 5: Valle de Uco: visita e degustação as bodegas Monteviejo, La Azul e Salentein
Dia 6: passeio pelo centro da cidade de Mendoza e retorno a São Paulo
Recomendo que reserve pelo menos 6 dias em Mendoza, considerando chegada e saída. Fomos em um voo direto de Guarulhos a Mendoza, que tem tempo estimado de três horas e quinze. Tem gente que faz conexão e pernoite em Buenos Aires, mas fica mais cansativo.
Se quiser conhecer mais vinícolas ou se hospedar no Valle de Uco por alguns dias, considere ficar mais dias. Sinceramente, escolha no máximo três vinícolas por dia. Primeiro porque em todas terão explicações sobre a bodega (com tour pelo processo todo de produção em algumas delas). Segundo porque é muito vinho para degustar e, a probabilidade de ficar alcoolicamente alterado é alta rs. Começamos as visitas às 9:30 e fomos até as 17:00. Em algum lugar do mundo será meio dia, então, sim, podemos começar cedo os trabalhos rs
Em relação a dúvida de qual é a melhor época para ir à Mendoza, acredito que seja entre final de fevereiro e início de março por conta da vindima. Durante o verão é bem quente, mas para mim que não gosto de frio, preferi final de março, que está bem mais ameno o calor.
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1 – REGIÃO DE MAIPÚ
Valor do transfer: USD 45, por pessoa
1.1 – ALANDES
Degustação: USD 30, por pessoa
A região de Maipu é próxima ao centro da cidade de Mendoza e, por isso, as saídas são em torno das 08:30. Neste dia, começamos pela Alandes, que nos recebe em uma casa e jardim super agradáveis. O proprietário e enólogo responsável pela bodega é Karim Mussi, que é referência em vinhos de excelente qualidade. Por lá provamos vinhos da Alandes, Altocedro, Abras entre outras bodegas, todas de sua propriedade e localizadas fora de Maipu.
Simplesmente me encantei com o Torrontés da Abras, produzido em Valle de Cafayate, Salta. Levei inclusive uma garrafa pelo equivalente a USD 12. Provamos também o Merlot Rosé e o Malbec da Altocedro, assim como um rótulo blend e o Gran Cabernet Franc da Alandes. Todos espetaculares e com atendimento impecável da Manuela!
1.2 – SANTA JULIA – FAMÍLIA ZUCCARDI
Visita e degustação: USD 19, por pessoa
Sabe aquele perrengue que toda viagem tem? Então, foi aqui! Quando cheguei para visitação já vi que era algo mais simples e que não havia muitos brasileiros. O fato de não ter conterrâneos já levantou um alerta, mas segui acreditando no “amor”.
No momento da degustação, o primeiro vinho chamado Vaquita, que é orgânico, era muito bom, mas os próximos seis rótulos não foram bons. Descartei no recipiente inclusive e sai decepcionada de lá. Quem acompanhou pelos Stories do Instagram bem viu.
Como estávamos com o horário apertado e com fome, fomos até a Lagarde e curtimos o momento. Chegando a noite no hotel fizemos uma reclamação formal porque percebemos que os vinhos que estavam em nosso orçamento não foram os mesmos vinhos que provamos. A justificativa da Santa Julia / Zuccardi é de que tinham dois tours no horário e de que fomos no tour errado. Mas como saberíamos disso se ninguém nos avisou? Por fim, tive um pedido de desculpas da bodega, ressarcimento integral do valor e a frustração de não ter provado um vinho da Zuccardi.
Para vocês entenderem a Santa Julia pertence a filha do dono da Zuccardi. A bodega oficial da Zuccardi fica no Valle de Uco. Há possibilidade de degustação de seus rótulos na bodega Santa Julia (quando não erram o seu tour) e na Piedra Infinita, no Valle de Uco.
1.3 – BODEGA CASA VIGIL, vinhos EL ENEMIGO
Degustação e almoço harmonizado, com três passos: USD 85, por pessoa
Com muita fome e frustração com a Zuccardi, chegamos na Bodega Casa Vigil para um almoço em um local agradabilíssimo, atendimento impecável e tempo maravilhoso!
O almoço com harmonização dos vinhos de rótulo El Inimigo é obrigatório quando for a Mendoza. Além da excelente qualidade dos vinhos, a experiência é incrível, já que o local por si só é totalmente instagramável e os pratos de comer rezando. A decoração da bodega tem como referência espaços com nomes de atos da Divina Comédia e é recheado de obras de artistas mendocinos, que inclusive estão à venda.
Entre os rótulos, provamos e repetimos Chardonnay, Malbec e Carbenet Franc. Gostei de todos, mas o meu preferido foi o Chardonnay, que repeti ao menos umas 4 vezes. Sim, você pode pedir para repor a taça quantas vezes quiser, além de ter água com gás, feita no local, à vontade. Olha só que perfeito! – Assim que chegar a bodega verá as pessoas com uma taça na mão e aí tá a resposta…rs
Só de escrever sobre o menu de almoço, me dá água na boca! Entre as várias opções, escolhi o couve flor assado de entrada, que estava um espetáculo, por sinal. De prato principal filet mignon com demi glace, abobrinha e mostarda dijon. E, pra fechar, sorvete de chocolate e cardamomo. Tudo divinamente saboroso!
Não tenha pressa para almoçar por lá, prepare-se para umas três horas entre os passos do almoço, visitação ao espaço, caras e bocas. Aqui o conceito é slow food, de verdade!
2 – REGIÃO DE LUJÁN DE CUYO
Valor do transfer: USD 45, por pessoa
2.1 – PULENTA
Visita, degustação e harmonização com queijo e afins: USD 27, por pessoa
Disparadamente, a bodega com a vista mais incrível: com o vulcão Tupungato ao fundo. Com requinte discreto e decoração minimalista e de muito bom gosto, a Bodega Pulenta ganhou no quesito vinícola mais bonita e elegante, no meu ponto de vista.
Durante a visita à bodega soubemos que seus donos são os importadores oficiais da marca Porsche para o território argentino. Aos fãs de carro, uma amostra de motor de Ferrari, Porsche e F1 estarão a disposição de seus olhos.
Apesar da estrutura da Pulenta ter mais de vinte anos, parece que foi construída ontem de tão cool que é. Entre os vinhos, não consigo escolher um favorito porque gostei muito de todos, principalmente, da linha Pulenta Estate. A seleção para degustação começou com um rosé muito bom, seguido de Gran Merlot, Gran Malbec, Gran Carbenet Franc e Gran Corte. Todos perfeitos!
Os vinhos servidos durante a visita são perfeitos para quem gasta um valor maior em cada garrafa, mas que não abre mão da qualidade e experiência que será tomar cada taça.
Serei redundante, mas sem dúvidas, não pode faltar Pulenta em seu roteiro.
2.2 – BUDEGUER
Visita e degustação harmonizada com queijos: USD 17, por pessoa
Outra vinícola espetacular para conhecer é a Budeguer. Com 100% de seu processo orgânico, seus vinhos são de excelente qualidade e sofisticados. Além disso, no andar de cima, uma vista incrível com o Tupungatito (a versão júnior do vulcão Tupungato) para que possa saborear cada um dos rótulos da Budeguer em grande estilo.
Os vinhos de nossa degustação foram da linha signature, que você não encontrará em nenhuma loja fora da bodega. Provamos o Sauvignon Blanc, o Malbec Natural, Petit Verdot e Cabernet Franc. Gostei de todos, mas o que ganhou o meu coração e paladar foi o Sauvignon Blanc.
Um detalhe importante é que alguns dos vinhos que provamos tem assinatura no rótulo e qual é o número dele entre a quantidade total produzida. Por serem poucos, dá ainda mais um ar de exclusividade.
Por uma desatenção minha, uma vez que atrasou o início da visita, e tivemos que sair rapidamente para a próxima bodega, não levei o Sauvignon Blance, claro, não o achei em lugar nenhum depois. Uma pena!
Fica de lição para quando estiver em Mendoza e disserem que não achará o vinho fora da bodega. Não é marketing, é verdade! E eu estou aqui de prova…
2.3 – LAGARDE
Degustação e almoço de quatro passos harmonizado: USD 65, por pessoa
Depois de muitas e excelentes taças de vinho, chegamos à Bodega Lagarde para o melhor almoço da viagem. Com uma vista incrível para os vinhedos e tempo maravilhoso, fomos recebidos por um dos sommeliers da vinícola, obviamente com uma taça de vinho para começar os trabalhos.
O primeiro vinho foi um Rosé de Malbec com Pinot Noir, que harmonizou com a cesta de pães artesanais e azeite da Lagarde, assim como com a entrada de mix de vegetais. A berinjela baby estava deliciosa por sinal. Para o segundo passo, Guarda, um Malbec D.O.C, que é produzido no local desde 1906, harmonizado com ojo de bife e mais vegetais deliciosos! Para fechar com chave de ouro, a sobremesa foi uma èclair de frutas frescas, que pedi inclusive para repetir de tão espetacular que estava.
Para harmonizar, espumante Lagarde Extra Brut com blend de Pinot Noir, Chardonnay e Sauvignon Blanc para harmonizar. Por fim, o quarto passo, café a prensa francesa, servido com um suspiro com doce de leite e petit four de amêndoa e nozes.
Que experiência deliciosa! Para mim, outra parada obrigatória em seu roteiro a Mendoza.
2.4 – ANAIA
Visita e degustação harmonizada com tapas: USD 25 (traslado USD 45), por pessoa
Fizemos a visita a Anaia assim que chegamos em Mendoza, mas como fica em Luján de Cuyo, coloquei na sequência. A melhor experiência que terá será ao final do dia para contemplar o pôr do sol com uma vista privilegiada de seus vinhedos e, obviamente, do sol. Infelizmente, no dia em que estávamos por lá, não conseguimos pegar o melhor lugar e também não teve sunset, mas valeu e muito a pena a visita.
A Anaia é uma bodega relativamente nova, premiada e com estilo contemporâneo clean. O que nos deixa bem à vontade e com vistas privilegiadas de todo seu entorno. Entre os vinhos que provamos, devidamente harmonizados com tapas, estavam um blend de Viognier com Sauvignon Blanc, Malbec Rosé, Gran Malbec e Gran Sauvignon Blanc. O que me ganhou foi o blend de vinho branco, ideal para tomar em diversas ocasiões especiais ou informais.
O Juan, que é responsável pela visita e explicações não só dos vinhos Anaia, mas também sobre os vinhos em Mendoza e demais particularidades é uma simpatia e extremamente didático.
3 – VALLE DE UCO
Valor do transfer: USD 70, por pessoa
3.1 – Monteviejo
Visita e degustação: USD 20, por pessoa
Uma das primeiras vinícolas na região de Valle de Uco e nossa primeira visita do dia, a Monteviejo tem uma vista da Cordilheira dos Andes privilegiada. Claro que com um visual desses, nada melhor que degustar seus vinhos apreciando a paisagem privilegiada, né não?
Gostei bastante dos vinhos, mas achei a degustação e visita menos intimistas e cansativas. Não sei se foi por conta de ter sido o terceiro dia de vinícolas, porque foi massante mesmo ou até mesmo porque vim de uma régua muito alta: as experiências em Luján de Cuyo. Se tivesse que fazer o roteiro hoje, talvez a tiraria da lista.
Entre os vinhos que degustamos estavam o Malbec, Cabernet Franc, Chardonnay e um blend de vinhos tintos de rótulo Petite Fleur.
3.2 – La Azul
Almoço harmonizado com cinco passos: USD 35, por pessoa
A expectativa para o almoço da La Azul era altíssima! Tive informações de todos os cantos de que seria a melhor experiência gastronômica em Mendoza, que era imperdível etc. Entretanto, confesso que fiquei um pouco frustrada.
Novamente, não sei se foi por conta de ter tido experiências incríveis em dias anteriores (Casa Vigil e Lagarde) ou se foi por conta do menu de cinco passos. A referência gastronômica é a culinária criolla. A primeira entrada era algo similar a um omelete com molho de tomate, que estava muito bom. Na sequência normal, o choripan. Como não como carne de porco, minha alternativa foi um quiche com salada.
O prato principal foi uma costela de porco que também não como e, que foi substituída por contra filé. E, para finalizar, brownie com sorvete de frutas vermelhas. Todos os pratos foram harmonizados com vinhos da casa, entre eles, Malbec, Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc.
Sinceramente, achei que os pratos servidos eram menos elaborados e mais massudos, o que deu a sensação de estufamento muito rápido. Acredito muito que, se tivesse tido a experiência da La Azul no primeiro dia, muito provavelmente, teria uma recepção melhor ao almoço da bodega.
Duas dicas importantes: opte pela La Azul no primeiro dia de visitas às bodegas e fique na parte externa. No salão, o barulho do som e das pessoas ecoa fortemente, apesar de ser lindo lá dentro. Opte por ficar do lado de fora, que é uma graça e fica em um ambiente recheado de verde e passarinhos.
3.3 – Salentein
Visita e degustação: USD 40, por pessoa
A bodega é de propriedade de holandeses e é recheada de obras de arte por todos os cantos. De construção moderna e no mais clássico estilo industrial, assim que começar a visitação, dará de cara com um visual espetacular da Cordilheira dos Andes. É inesquecível.
Considerada uma vinícola de grande porte, por conta da quantidade de vinhos produzidos, a Salentein está entre as 100 maiores e melhores vinícolas do mundo. Entre os pontos altos da visita, além da vista para a cordilheira, está a visita às barricas, que ficam envoltas de uma Rosa dos Ventos. Para dar um toque ainda mais especial, há um piano no local, que pode ser utilizado pelos visitantes, além de um quadrado em que ecoa nossas vozes.
Durante a nossa ida a este local, uma das pessoas do tour, começou a tocar Imagine, foi especial demais! Por fim, a degustação dos vinhos em uma cava com mesa de mármore travertino.
Gostei muito dos vinhos que provamos, mas achamos (eu e as demais pessoas do tour) que a quantidade servida foi no limite do mínimo para baixo. Um jarro de água para a limpeza das taças e intervalo entre um rótulo e outro foi compartilhado entre todos. De verdade, uma degustação de USD 40, com uma economia dessas, não faz muito sentido. Apesar dos vinhos serem ótimos e o tour guiado muito bem feito, você pode se frustrar também com a quantidade de vinhos servidos. Uma falha que não faz o menor sentido…
GERAL – DICAS DE VINÍCOLAS EM MENDOZA
As vinícolas mendocinas utilizam barricas francesas e americanas em seu processo. Algumas utilizam das duas nacionalidades. Outras, somente francesas. O ciclo de utilização varia de vinícola para vinícola. Assim que a utilizaram em seu tempo máximo, as bodegas vendem as barricas para a indústria de destilados (principalmente whisky).
Antes mesmo da degustação ou no momento, confira se o que você está provando é o mesmo que contratou para que não caia no problema que tive na Santa Julia.
Há 131 bodegas que podem ser visitadas em Mendoza, o que torna uma missão complicada escolher qual vinícola visitar.
Não visite…
…mais que três bodegas no mesmo dia. Primeiro pq começará os trabalhos às 9:30. Os almoços costumam ser de 2, 3, 4 horas. Por isso, inclusive, deixe-os para o final. Se eu pudesse trocar hoje, tiraria a Monteviejo do Valle de Uco, pediria mais vinho na Salentein e tentaria o almoço na Piedra Infinita da Zuccardi, por teimosia, já que alguns brasileiros que estiveram conosco disseram que o atendimento não é bom e o almoço também não. O que vale mesmo é a vista e a beleza da vinícola.
Decidimos não ir à Catena Zapata porque tivemos relatos de amigos que disseram que a experiência de atendimento não foi boa.
Um dado preocupante: cada vez mais, as vindimas acontecem mais cedo por conta dos impactos climáticos e da crise hídrica no estado. Uma alternativa utilizada há muitos anos para aproveitar ao máximo a água vinda da chuva ou da neve, verá canaletas por todas as partes.
PASSEIO A ALTA MONTANHA
Valor do traslado: USD 100, por pessoa – Valor estimado de almoço USD 15-20
Apesar de Mendoza ser a terra do vinho, entendo que não pode faltar um dia de passeio a Alta Montanha em seu roteiro. Além de entender melhor sobre a cultura mendocina, a questão energética, assim como a hídrica, a viagem até o Cerro Aconcágua, que fica a 23km do Chile, é maravilhosamente contemplativa.
Há diversas agências que fazem o roteiro e os valores são variados, mas não abra mão de:
- parada contemplativa na Represa Potrerillos, principal fonte hídrica de Mendoza
- um café em comércio e almoço em Uspallata, último povoado antes da fronteira
- parada em Puente del Inca, onde ficava o hotel que foi devastado pelo vento
- ida ao Mirante do Cerro do Aconcágua
- trilha no Parque Nacional do Aconcágua
Quando ver nos roteiros Cordón del Plata, leia a vista para a Cordilheira dos Andes. Aldeias Polvaredas, Punta Vacas e esqui Los Penitentes também verá somente pelo carro.
Quando parar em Potrerillos terá noção de que boa parte do volume de água distribuído por toda Mendoza está armazenado nesta represa. O visual do topo é incrível! Verá lá também uma série de embarcações, que por sinal, são proibidas de serem motorizadas para não impactar no fluxo e limpidez de Potrerillos.
Os cafés de Uspallata são simples e fofos. Já seus restaurantes, tem excelente comida e ter uma comida comfort food deliciosa.Como um ojo de bife, que foi o melhor da vida!
Agora, o gran e inesquecível final é o Cerro Aconcágua, que deve ser visto por todos os ângulos. Há dois tipos de trilhas a de 5 minutos e a trilha maior, que terá que fazer check in, pagar a entrada ao Parque Nacional e afins. Não contente-se em fazer a trilha menor, será um erro crasso. A vista na trilha do parque é disparadamente melhor.
Serão 45 minutos para ir e outros 45 para retornar, em um caminho leve, que é melhor feito com um bom tênis. Nem falarei muito mais, olha só este visu…
QUAIS RESTAURANTES IR EM MENDOZA?
Há boas opções gastronômicas em Mendoza. Confesso que, nem todos os dias jantamos, porque foi muita fartura de comida e almoços tardios na maioria dos dias. Mesmo assim, deu para conhecer o Caché Bistrô, que tem um trio de empanadas saborosíssimo. Média de gasto entre USD 12 e 20.
Outra opção é a Chachingo, cervejaria artesanal com comidinhas como pizza, burgers, sushi e afins. O local é novo e super cool. Fica localizado na Calle Aristides, a mais famosa da cidade quando o assunto são bares e vida noturna. Média de gasto entre USD 7 e 12.
Outro local, que é bem casual, só para pegar uma empanada de forma rápida é o Mascalzzone. Localizado bem próximo a Plaza Independencia, provei as empanadas de roquefort e mussarela e a de carne a 250 pesos argentinos. Uma média de USD 1,50 a cada duas empanadas.
Claro que há muitas outras boas opções, mas não tive espaço no estômago para isso rs
QUAIS HOTÉIS FICAR EM MENDOZA?
Há muitas opções de hospedagem em Mendoza, sendo sua grande maioria no melhor estilo vintage. Tem para todos os gostos e bolsos, mas a melhor dica é reservar com pelo menos três meses de antecedência para que consiga um preço bom e um local confortável durante seus dias em Mendoza.
Entre os hotéis em Mendoza, localizados no centro, as recomendações são:
- Park Hyatt Mendoza, melhor hotel da cidade, com localização mara, casino e spa.
- Argentino Hotel, econômico, uma das principais escolhas dos brasileiros
- Amérian Executive Hotel
- Fuente Mayor, recomendado por moradores de Mendoza
- Abril Hotel Boutique, quarto pequeno e café da manhã simples, localização perfeita
- Casa Reconquista, maravilhoso e acaba rápido a disponibilidade
- Diplomatic, valor mais salgado, boa experiência e muito bem avaliado
Fizemos muita pesquisa e foram os hotéis com mais pontos em custo e benefício que posso indicar a vocês. Há quem queira ter a experiência de ficar no Valle de Uco, mas não me sinto confortável em indicar porque não tive a experiência.
Dica importantíssima: o hotel deve ser pago em cartão de débito internacional ou crédito para que você seja isento do IVA, imposto argentino. Caso queira pagar em espécie, a conta sairá mais cara.
O QUE FAZER EM MENDOZA, ALÉM DOS VINHOS?
Além de visitar diversas vinícolas, na sua viagem a Mendoza, não pode faltar o passeio a Alta Montanha, um rolê pela Plaza Independencia no final da tarde e à noite. Sempre tem algo rolando por ali.
A parada em um dos bares da Calle Aristides e andar sem rumo pela Calle Sarmiento, a Avenida Colón e arredores também são boas pedidas. A cidade de Mendoza, principalmente no centro, é bem turística e segura, mesmo durante a noite. Somente evite se estiver sozinha caminhar após às 23:00, já que as ruas ficam mais vazias.
ONDE COMPRAR VINHO NO CENTRO DE MENDOZA?
A melhor rua para você pesquisar vinhos é a Calle Sarmiento. Gostei muito da Fans del Vino onde está o Mathias, enólogo argentino muito correto e que tem seu público 100% brasileiro. A cada 6 vinhos, ele te dará 20% de desconto no total da conta. Vale levar também os deliciosos alfajores Entre Dos e os azeites que provou nas vinícolas.
Tem outra loja em frente e na esquina da rua oposta que também são muito boas. A última é a Go Bar, que tem vinhos mais comerciais. Foi lá que consegui comprar meu Mum Rosé e o Torrontés realmente mendocino de Las Perdices.
QUAL AGÊNCIA CONTRATAR EM MENDOZA?
A exemplo das vinícolas é um verdadeiro desafio escolher a melhor agência para fechar os passeios em Mendoza. Fechamos com uma agência argentina chamada Sineus, que está muito bem avaliada no TripAdvisor e nos deu o melhor preço.
Como gostei do atendimento, negociei com eles uma condição especial aos nossos leitores. Todas as pessoas que fecharem seus passeios com a agência ganharão uma garrafa de vinho OU o transfer do aeroporto ao hotel em Mendoza quando falarem que foi através do Não Pira, Desopila ou da Gardens.
Para fazer sua cotação com eles, sem compromisso, falem com o Fernando via Whatsapp +54 9 261 545 1540
Nosso atendimento foi muito bom e rápido desde a cotação até o pós venda, sendo o pagamento feito a eles em espécie na chegada em Mendoza. Apesar de ser desconfortável ter que levar dólares em espécie, não deixa de ser uma boa opção por conta de uma menor taxa de IOF.
O Fernando nos atendeu muito bem e o Nawel, nosso motorista, foi bem tranquilo e simpático. Uma coisa importante que tem que ser falada, assim que fechar seus passeios, é sobre eventuais restrições alimentares para que eles possam repassar às vinícolas em que o almoço está incluso.
A ARGENTINA NÃO ESTÁ BARATA PARA VISITAR?
Olha, pode ser que Buenos Aires seja uma pechincha, entretanto, Mendoza é um destino caro para nós brasileiros porque tudo é dolarizado por conta da alta inflação argentina. Quando começar a receber as cotações, olhar os hotéis e afins verá que não é barato como alguns acham.
Eu, por exemplo, gastei cerca de USD 700 em 4 dias de passeios e mais uns USD 100 entre jantares e afins. Claro que os vinhos foram bem baratos. Gastei cerca de USD 100 em 10 garrafas de diferentes bodegas e uvas.
QUANTOS VINHOS POSSO TRAZER DE MENDOZA?
A regra são 16 garrafas de um total de até 12 litros. O que ajuda e muito é que é permitido trazer até seis garrafas, devidamente encaixotadas, contigo no avião. Trouxe 11 garrafas no total, 6 comigo no avião e mais 5 na mala.
Para não ter problema, levei duas bolsas próprias de vinho e os embalei em roupas. Coloquei tudo dentro de uma mala de mão dura, misturadas as roupas utilizadas na viagem. Esta mala de mão foi dentro de uma mala maior com pouquíssimo volume. Deu tudo certo, ufaaaa!
DICAS IMPORTANTES PARA ECONOMIZAR EM SUA VIAGEM À MENDOZA
Não deixe de contratar seguro viagem, evitando assim, eventuais perrengues com perrengues de viagem. Indico a Real, que tem um preço ótimo para leitores do blog. Clique no link para você pesquisar, é bem baratinho!
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QUAL MOEDA LEVAR PARA VIAGEM À MENDOZA?
Em sua viagem à Mendoza, a minha melhor dica é levar reais e trocar por dólares em casas de câmbio oficiais, localizadas no centro da capital. Por toda Argentina, há uma conversão específica para turista, que é o dólar blue e que tem uma taxa bem melhor que o nosso dólar turismo.
Tem gente que encaminha reais para uma conta da Western Union e saca o valor em pesos argentinos.Sem dúvida, a melhor cotação para os pesos, mas há filas enormes (mais de duas horas), segundo relatos de amigos, agências e até turistas que estavam na cidade.
O Western Union é usado pelos argentinos para pagar impostos e eles não ficam nada felizes de ter um monte de brasileiro na mesma fila rs – Caso ache mais vantajoso, o importante é trocar uma boa quantidade, de uma só vez e ter uma reserva em dólares.
Por falar em dólares, as agências costumam pedir para que o pagamento seja em dólar e em espécie. Muitos estabelecimentos aceitam dólares, mas devolvem o troco em pesos argentinos.
Usei muito o Wise, meu cartão de débito internacional, já que tinha dólares da última viagem sobrando a uma taxa muito melhor. Os dólares em espécie também tinha e não houve a necessidade de trocar meus reais. Fui com uma pequena reserva em dólares e em reais, mas não usei porque passei muitas vezes o Wise.
O único problema do débito é que a taxa é oficial e não a blue. Ou seja, caso carregue dólares em seu cartão de débito internacional a uma taxa alta, perderá mais na conversão, mas terá a conveniência de não ter que ficar no troca troca de moedas e contagem de cédulas.
Levar pesos argentinos desde o Brasil ou utilizar cartão de crédito somente em caso de emergência porque não farão o menor sentido. Os pesos por conta da alta inflação argentina, o cartão por conta do spread, IOF e taxa de conversão.
DICAS IMPORTANTES SOBRE TRANSFER NA SUA VIAGEM A MENDOZA
Quando comecei a planejar a viagem a Mendoza fiquei com algumas dúvidas.Uma delas é alugar um carro seria uma boa ideia para alguns dias. Já te adianto que não faz o menor sentido, até porque a Argentina é tolerância zero ao álcool e somente para ir a Alta Montanha e nos transfers que ficaria sem beber.
As melhores opções são:
- contratar agência: se encarregará pelos traslados e agendamento nas bodegas
- motorista particular: fará o mesmo papel da agência quase pelo mesmo preço
Há agências de devem fazer tours não privativos, mas preferi fazer privativo para ter mais liberdade e ninguém olhar feio por conta dos vídeos e fotos que tenho que fazer rs
As piores opções:
- alugar carro, pelo que falei acima
- ir de Vitivinibus: tour com horário apertado e várias pessoas juntas, sem flexibilidade de roteiro. Não tenho dúvidas que é a forma mais econômica
Ufa! Acho que foi tudo que ainda está fresquinho na minha cabeça, já que faz três dias que voltei de Mendoza. Espero que seja útil a vocês 🙂
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Muito obrigada por ajudar quem te ajuda na hora de planejar sua viagem 🙂