Já ouviu falar na Rota da Ferradura dos Vinhedos? Com o desenvolvimento do turismo e do enoturismo no extremo sul do Rio Grande do Sul, Santana do Livramento, cidade fronteira com o Uruguai viu a necessidade de ampliar as opções de entretenimento. O objetivo é mostrar a quem visita a região, que por lá não é só de compras e hotelaria que a economia turística da cidade vive.
Em parceria com a Unipampa e grandes empresas do sul do país, foi elaborado o tour da Rota da Ferradura dos Vinhedos, que compreende dez paradas durante o percurso. Entretanto, entre as paradas não estão somente vinícolas da região, mas também demais pontos de interesse. Tem o nome de ferradura pelo caminho possuir o formato de “U” e, dos vinhedos por conta da quantidade de vinícolas.
Fiz o trajeto em julho último, juntamente com as gurias e o guri que percorriam comigo o caminho na visão turística da Rota Farroupilha. Achei bem interessante a proposta, principalmente, pelo fato de explorar não somente o enoturismo no Paralelo 31.
Com cerca de 60 quilômetros, a Rota da Ferradura dos Vinhedos tem as seguintes paradas:
ROTA DA FERRADURA DOS VINHEDOS
Horto Vitininícola Vallagarina
O ponto de partida da rota é um dos maiores viveiros de mudas viníferas do continente americano, mas o foco é a produção de videiras para o mercado nacional.
Vinícola Salton
A premiada e famosa vinícola do Vale dos Vinhedos, marca também presença no Pampa Gaúcho. Por aqui, a Salton possui plantação de vinhedos de sua série de vinhos mais requintados. Apesar dos turistas poderem fazer uma visita técnica, a Salton ainda não está aberta e preparada para receber o enoturismo tradicional, mas há algo em estudo.
Vinícola Nova Aliança
Com as marcas Santa Colina e Aliança, a vinícola produz vinhos finos e espumantes. Além disso, vinhos de mesa, sucos de uva orgânicos, integrais e adoçados.
Cerro da Cruz
Pausa para contemplação da paisagem do Cerro da Cruz, uma das principais elevações montanhosas da coxilha de S’antana. Com 392 metros de altitude, o pampa, assim como as colinas ao seu redor. Leva este nome porque existe a lenda de que em seu topo há uma cruz que muda de lugar sozinha.
Cemitério da Cruz
Macabra, a parada nos dias de hoje é feita somente para ver o cemitério do lado de fora. Apesar de ser patrimônio cultural, histórico e religioso e possuir lápides elegantes, centenárias, o Cemitério do Cruz está em um estado precário. Além disso, por conta da falta de conservação, corre o risco de desmoronamento.
Passo da Cruz
Com uma estrada de ferro desativada que nos rendeu boas fotos, a parada é para contemplação no meio da rota, até chegar aos próximos vinhedos.
Novos Vinhedos
Empresários locais e de fora se reuniram para revitalizar e cultivar em parte desta região não só vinhedos. Há uma grande expectativa de bons frutos para a produção de vinho e azeite de qualidade.
Vinícola Almadén
Atualmente membro do Grupo Miolo, a tradicional Almadén é uma das mais antigas da Campanha Gaúcha. Permite a visitação dos turistas com direito a degustação e tour pela vinícola, porém com agendamento.
Vitivinícola Cordilheira de Santana
Minha antiga conhecida e famosa na região pela nobreza dos vinhos e cuidado de seus rótulos. A Cordilheira de Santana possui um dos preços médios mais elevados do Pampa Gaúcho dada a sua qualidade e curadoria. Por aqui, também é possível a degustação e aquisição de seus vinhos finos em sua lojinha. Destaque para o impecável Gewurztraminer, por exemplo.
O caminho e os arredores da vinícola são realmente de tirar o fôlego no quesito paisagem dos pampas. Prepare sua câmera e guarde bateria suficiente para este final de passeio.
Cerro de Palomas
Para finalizar a rota e a volta em U, nada mais belo que contemplar o Cerro de Palomas, um dos cartões postais da região da Campanha.
Se posso dar uma dica, esta é a dica! Chegando e saindo da vinícola Cordilheira de Santana você fará belas fotos em ângulos perfeitos do Cerro de Palomas. Além disso, pode fazer o clique na estrada, também é bacana a vista. Entretanto, não é a mesma coisa.
Informações importantes:
– Ideal que o trajeto seja feito com o guia da região, uma vez que as vinícolas não estão sempre abertas a visitação e degustação. Além disso, o fato de ser conduzido por alguém que conhece a região, suas histórias e particularidades faz toda diferença. Se você lembra do meu relato da Rota dos Vinhos da Campanha, sabe que a “porta na cara” é muito comum sem o prévio agendamento. Fizemos a rota de última hora e, por este fato, não conseguimos entrar em nenhum ponto, exceto na Cordilheira de Santana.
– É praticamente impossível fazer a rota em um carro que não seja 4×4 pelo fato da estrada ser de terra em grande parte. Ou seja, se chove e não estiver com a caranga adequada, terá que dar meia volta.
– Recomendo que reserve um dia todo para o passeio, pois caso vá com agência terá as paradas nas vinícolas da região.
Quem faz o tour da Rota da Ferradura dos Vinhedos?
Através do contato da Secretaria de Turismo de Livramento, fomos convidados pela agência Pampa e Fronteira Turismo e Eventos a fazer o tour juntamente com sua guia e historiadora (muito importante isso). Vera foi em nosso carro (uma L200 Savana) durante todo o percurso. Explicou pacientemente todas as fases do trajeto enquanto nos acabávamos de tirar fotos de todos os ângulos da Ferradura dos Vinhedos. Obrigada pela paciência conosco!
Pampa e Fronteira e Turismo e Eventos
Endereço: Rua dos Andradas, 129 – Galeria – Sala 13 – Santana do Livramento, Rio Grande do Sul
Telefone: (55) 3243 4999
ROTA DA FERRADURA DOS VINHEDOS: COMPLEMENTE O TOUR E VISITE UM CENTRO DE TRADIÇÕES
Depois de um tarde cheia de explicações e aventuras pelos pampas, recomendo visitar um projeto bem legal e que incentiva o turismo rural local. Antes do retorno, paramos no Centro de Tradições Rincão Crioulo para tomar aquele café coado tirado na hora. Além disso, tinha leite tirado direto da vaca e saborosos pães, bolos e geleias caseiros. Claro que feitos com todo carinho pela turma. Detalhe para mesa que é um verdadeiro convite em um final de tarde.
Fiquei enlouquecida (expressão gaúcha) quando provei a cuca e a chimia de bergamota (geleia de mixirica). Mais enlouquecida ainda quando soube que um bem servido pote de geleia é vendido por eles a R$ 5, a unidade. Mas fala se não vale a pena a visita, hein?
Além da parte gastronômica, por lá é possível também fazer passeios a cavalo entre outras atividades. Entretanto, recomendo coordenar juntamente com a turma da agência a visita para que eles aprontem tudo direitinho pra vocês.
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