A Sexualização do Corpo Feminino no yoga
Hoje trago um tema que todos nós também já ouvimos falar, mas que mulheres além de conhecerem, sentem na pele!
A objetificação / sexualização do corpo feminino, termo cunhado no início dos anos 70, consiste em enxergar uma pessoa como um objeto, sem considerar seu emocional ou psicológico. Trata-se da banalização da imagem da mulher, onde sua aparência importa mais do que todos os outros aspectos que a definem como ser humano.
A objetificação e sexualização do corpo feminino está presente em praticamente todos os setores da sociedade. Um exemplo clássico é a forma como somos retratadas nas campanhas publicitárias. Especialmente quando se trata de bebidas alcoólicas… muitas campanhas mostram mulheres estereotipadas e hiper sexualizadas. Em uma pesquisa recente do Instituto Patrícia Galvão e Instituto Data Popular, 84% dos respondentes concordam que o corpo da mulher é usado para a venda de produtos nas propagandas de TV, e 58% entendem que a mulher é representada como objeto sexual nessas campanhas.
No início do século XXI, era conceito amplamente aceito dentro da cultura paternalista (e porque não dizer machista) considerar o homem como provedor e a mulher como dependente. Essa cultura totalmente patriarcal esperava que as mulheres, sustentadas pelos maridos, cuidassem da casa e dos filhos e os satisfizessem sexualmente. E ponto final! Hoje, mesmo com a independência financeira das mulheres, a objetificação do corpo feminino permanece, diretamente ligada à função do corpo da mulher como objeto de prazer sexual masculino.
Junto da sexualização do corpo feminino, caminha junto a estereotipação e a crueldade dos padrões estéticos
Atire a primeira pedra que nunca julgou pela aparência!
Sabemos na prática que muitas vezes, o julgamento inicial de uma pessoa é feito com base na aparência. O problema é que isso resulta na exclusão e preconceito de mulheres que não atendem aos padrões. Mulheres são frequentemente hostilizadas pelo seu peso, altura, cabelo, depilação, formato de corpo e tantos outros atributos físicos dependendo da tendência de moda atual.
Outra consequência preocupante é a auto-objetificação. Mulheres que cresceram ou vivem em ambientes sexualizados tendem a se auto-objetificar e a objetificar outras mulheres. Uma pesquisa publicada na Psychological Science em 2013 sugere que mulheres com altos níveis de auto-objetificação tendem a ser menos ativas socialmente.
A auto-objetificação ganha espaço porque parte da cultura patriarcal se baseia na crença de que a mulher precisa dar a satisfação sexual ao homem. Por isso muitas mulheres se esforçam para terem corpos sexualmente atraentes para os homens, muitas vezes vivendo uma vida de insatisfação e limitações, apenas para agradar seu companheiro. Identificar e combater atitudes que reforçam essa cultura é o primeiro passo.
A Sexualização do corpo feminino no Yoga
A objetificação e sexualização do corpo feminino também chegou as práticas de yoga, que, em teoria, deveriam ser totalmente contrárias a isso. Desde a pandemia, com o crescimento do yoga como tendência de vida saudável, apareceu como dano colateral, um grande aumento de fotos erotizadas de mulheres praticando yoga. Essas imagens divulgadas nas redes sociais, e que viralizaram no Tik Tok estampam inclusive campanhas de marketing, e apresentam mulheres em asanas (poses) de yoga, mas com ângulos e ênfase exageradas em erotizar e sexualizar o corpo.
Mais triste ainda é ver que além das marcas, há também muita gente, professoras, praticantes, simpatizantes que em busca de likes e engajamento, também utilizam destes recursos.
O Problema com a erotização e a sexualização do corpo feminino no yoga é que corrompe completamente todos os preceitos básicos do yoga!
Yoga é uma prática milenar destinada ao equilíbrio entre corpo e mente, por isso classificada como uma atividade body&mind. Ao invés de focar nos benefícios físicos e mentais do yoga, essas imagens destacam a sexualidade das mulheres, divulgando a ideia de que o valor da mulher está em seu corpo e em sua capacidade de sedução.
Além de desvirtuar a prática de yoga, vai longe do seu verdadeiro propósito, que é autoconhecimento e saúde mental.
A cultura da performance, ou seja, a pressão constante por superação e altos padrões, também afeta a prática do yoga. Essa pressão, muitas vezes, leva à busca pelo corpo perfeito, pela imagem corporal idealizada, promovendo a sexualização e objetificação das praticantes. Tudo isso resulta em estresse, insatisfação e ansiedade, afastando ainda mais os praticantes do verdadeiro propósito do yoga, que é o equilíbrio entre corpo e mente.
O Corpo como Forma de Rebeldia e Ato Político
Não posso deixar de trazer um contra ponto interessante. Por outro lado, precisamos reconhecer que muitas mulheres usam seu corpo como uma forma de rebeldia e ato político, desafiando as normas sociais e culturais. Exemplo disso são famosas como a cantora Madonna, que ao longo de sua carreira tem usado a sexualidade de forma metódica para questionar e subverter expectativas sobre o corpo feminino e o papel das mulheres na sociedade. Essas ações também são uma forma de empoderamento e resistência contra a objetificação e sexualização do corpo feminino, reivindicando controle sobre a própria imagem e narrativa.
Resta a todos nós, sabermos diferenciar os motivos e os objetivos da sexualização do corpo feminino, que se usada da forma correta, pode ser sim, uma grande ferramenta de empoderamento.
Saber avaliar a objetificação e suas consequências é um passo essencial para o combate da sexualização desenfreada. Mulheres e homens precisam aprender a valorizar pessoas por suas capacidades e não apenas por sua aparência.
Dar espaço a representações realistas e variadas das mulheres em todos os seus corpos é uma forma de combater a objetificação e sexualização do corpo feminino. Isso inclui mostrar mulheres de diferentes idades (etarismo), tamanhos (gordofobia), etnias (xenofobia) e habilidades em papéis que destacam suas realizações e suas capacidades.
E para isso, precisamos encorajar o ativismo social e o engajamento das mulheres em questões que vão além de sua aparência. Exigir das empresas e das marcas que estampem em suas campanhas pessoas de todos os tipos, dizer não ao padrão estético. E isso inclui participar de movimentos pelos direitos das mulheres, que lutam pela igualdade de gênero e por outras causas sociais.
Combater a objetificação e a sexualização do corpo feminino é uma luta contínua e diária que exige esforço e comprometimento de todos nós!
Vamos juntos? Aproveita e acompanhe minha jornada no insta @luci.superioga
Créditos da foto de capa: https://depositphotos.com/pt/photos/corpo-feminino-perfeito.html
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