Já ouviu falar em pandemic office? Confesso que até procurei no Google para ver se alguém tinha usado essa nomenclatura, mas não visualizei resultados muito concretos. Mesmo que não seja adotado pelo mercado, o que tenho dito há alguns meses é que pandêmica é a melhor forma de classificar nossa rotina de trabalho, independente do local em que produzimos nossos ofícios. 

No meu ponto de vista, há uma clara confusão permeando todo mercado quanto ao home office e sua efetividade. Faço full anywhere office há seis anos e fiz muito home office quando no mercado corporativo e, para mim, não podemos chamar de trabalho remoto raiz a forma que boa parte dos executivos têm adotado para seguir com suas obrigações profissionais durante a pandemia. 

Seguindo na mesma linha, também não podemos chamar de híbrido ou presencial convencionais, as rotinas de quem tem saído de suas casas para trabalhar no que for. 

PANDEMIC OFFICE NÃO É HOME OFFICE! (SERÁ?)

Mesmo que o conceito de home office seja trabalhar em casa, as limitações de flexibilidade e locomoção que temos por conta do inimigo invisível, não refletem o cotidiano desta forma de trabalho em condições normais de temperatura e pressão. Além disso, acredito que parte de nossas crianças fazem na atualidade é pandemic schooling e não homeschooling.

COMO CHEGUEI AO PANDEMIC OFFICE?

Não é segredo que adoro dar aquela viajada na maionese, mas essa faz total sentido (rs). Em um dia de trabalho remoto fora da pandemia, provavelmente você não estaria dentro de casa com medo (mesmo que seja mínimo) de sair para ir a um café ou ao escritório, caso houvesse uma reunião presencial para atender, não é mesmo?

Para mim, a nomenclatura perfeita para o momento em que vivemos é pandemic office remoto, híbrido ou presencial. Afinal, medo, insegurança e incertezas das mais variadas são fatores extremamente presentes e, que sim, têm afetado grande parte das pessoas quando falamos em performance, saúde física, mental e emocional. Além disso, as decisões quanto a people e dinâmica dos negócios têm sido tomadas, substancialmente, de acordo com os avanços no controle da pandemia e não por conta de suas essências, mercado e cultura organizacional. 

Tá certo que ninguém vai adotar tal nomenclatura só porque cheguei a essa conclusão, mas te convido a refletir a rotina que vive hoje e como pretende se estruturar de verdade no pós vacina. 

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Crédito da foto: pixabay.com

O QUE VEJO POR AÍ E QUE ME INCOMODA?

Me incomoda muito ver as empresas tomando decisões ligadas a retomada da rotina profissional e afins com base no que chamo de pandemic office. Como já escrevi há um ano, sou a favor do anywhere office ou do híbrido bem planejado

É preciso tanto por parte da liderança quanto dos funcionários entender qual é o EXATO momento do grupo, como um todo. A rejeição para o retorno ao escritório pode ser grande para uma parte das pessoas, assim como para outra, ser extremamente necessário. Ou seja, é preciso respeitar, pesquisar e entender o cenário antes de tomar decisões precipitadas. 

Imagina você debaixo das cobertas em um frio daqueles. Qual é a probabilidade de pular da cama no primeiro toque do despertador? Será que é do time dos cinco minutinhos ou do bora levantar? rs – O ser humano é feito e preparado para rotinas e, quando acostuma com alguma coisa, para voltar é preciso cautela, até por conta da resistência. Em um período tão delicado, pode ser uma tremenda irresponsabilidade não agir com tal prudência nas ações que impactarão um conjunto de pessoas.. 

Por isso, deixo uma dica. Não seja inflexível nem para um lado, nem para o outro. Respeite o seu tempo, o tempo do seu coleguinha e de sua equipe, caso líder for. Caso seja liderado, não tome decisões precipitadas nesse momento porque a empresa em que trabalha adotou 100% home office ou presencial no pós vacina.

PERÍODO DE TRANSIÇÃO NÃO PODE TRAZER PÂNICO

Acredito que já estamos em um período de transição e, que pessoas e empresas não devem cravar regras para o futuro agora. O melhor a fazer é entender que entramos novamente em uma fase de adaptação nos quesitos comportamento, gestão e convivência, em todo ecossistema. 

Tem pessoas que têm chefes (não líderes) tóxicos e que estão com verdadeiro pavor de voltar ao escritório. Tem gente que descobriu que sua família corporativa não tem nada a ver com os valores dela. Por outro lado, tem gente que prefere ficar com a família corporativa a família. E, tem gente que não gosta de trabalhar em casa por n razões. Ou seja, será impossível agradar a todos.

Se não olharmos de forma humanizada para cada perfil, os problemas com people se estenderão por anos, acredite em mim.

QUE TAL EXPERIMENTAR O WORKCATION?

O mercado corporativo e do turismo adoram uma nomenclatura…rs

O tal do workcation nada mais é que a união de trabalhar de onde estiver com lazer em seu período de descanso. Faço isso há anos e tenho certeza que várias pessoas fizeram isso durante a pandemia. 

mulher vendo o por do sol em punta balena casapueblo

Para os que ainda estão trabalhando no pandemic office remoto, que tal experimentar o workcation ou o anywhere office bem de cara com uma vista espetacular para uma praia deserta ou montanhas a perder de vista, hein?

Continue bem! Cuide de você e do próximo 🙂

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